um pouco de falta de esperança

Nem sei como começar essa droga de post.

Em resumo: estou sem gosto. Nada está me deixando melhor.
E a pá de cal foi perceber o quão errado é ainda querer ler uns livros pra me sentir melhor com a minha vida sendo que é horrível ver como mulheres são desrespeitadas todos os dias sem nenhum bom motivo além de que... a vida não segue sem o sofrimento alheio.

É tosco, mas sobrevivemos a umas coisas que não precisamos, levamos a culpa e ainda assim, morro de ódio de ser mulher, de ser uma delas.

Minha misoginia está crescendo em nível perigoso.
A verdade é que homens são aqueles vilões que você odeia, mas sem eles as coisas não mudam. Nas narrativas ficcionais eles sempre tem que fazer alguma merda. mas tudo bem, porque fez a história andar, mas se for uma mina sendo cautelosa e mesmo assim fazendo merda o ódio cresce como se fosse culpa delas a reação dos outros personagens em volta.

Aí eu acordo essa semana com os gritos da vizinha. E lembro que isso não ocorre só na ficção e que eu mesma não consigo suportar ser mulher.

Não consigo amar minha própria existência. Não sinto amor nem pelos livros e nem pela vida.

Estou aqui nessa vida pelo tédio, pelo não fazer nada, pela preguiça e pela culpa. Não poder não existir.

Estou cansada de não sentir nada pra não sentir coisa pior.

É verdade, estou fugindo e me escondendo da depressão. Da inutilidade da minha vida, da falta ânimo.


Recentemente os homens me dão tanto medo que o meu babadook pessoal se parece muito com a versão glorificada pelo lado zoeiro e falocêntrico da comunidade lgbt

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