Beyoncé Knowles-Carter, primeira de seu nome, rainha legítima... | B'Day
...dos Ândalos e dos primeiros homens. Filha de papai, Alabama e mamãe, Louisiana, Diva, senhora dos sete continentes, quebradora de esteriótipos de raça e gênero; Mãe dos gêmeos e de Blue Ivy.
Cada uma reinando em pontos diferentes do mundo mas ambas iguais em poder, ao meu ver.
Mas vamos lá. Vamos dizer o porque de eu poder comparar Beyoncé à minha avó, rainha dos espinhos muito melhor que qualquer Lady Olenna; Virginianas, né, amores?!
O começo
Vamos primeiro contar a minha história com Destiny's Child.
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Eu sempre fui uma criança ligada em música, vindo de uma família que fez questão de aguçar meu gosto pro lado do rock internacional. Até os dez, onze anos eu só escutava Queen, Guns n' Roses, U2, Elton John, Michael Jackson, Iron Maiden (!) e Bob Marley (mais quando eu era bem pequena, me botavam pra dormir escutando reggae).
A primeira mudança significativa da minha vida além da hormonal foi a mudança musical, enquanto minha puberdade mudava eu me dediquei a achar novos ídolos da música pop e deixar um pouco o ambiente familiar.
Uma dessas descobertas foi um cd sem capa que eu achei entre os diversos outros cds piratas das minhas primas, e era uma coletânea de sucessos das Destiny's Child e um prelúdio do que seria o sucesso da Beyoncé alguns meses depois.
Eu nunca tinha visto o rosto delas, sem capa ou qualquer coisa que identificasse o grupo de três vozes, eu pensei "Bem, deve ser uma das muitas bandas de mulheres que existem no mundo".
Não era.
Adendo aqui a dizer que pensei a mesma coisa quando eu vi o primeiro vídeo da Rihanna e pensei "ela vai ser uma cópia da Beyoncé e depois vai sumir". Nunca mais desqualifiquei outra artista depois desses dois exemplos de como eu seria uma péssima caça-talentos.
Elas sempre foram potentes, mas a força maior da B é inegável |
Eu tive um sistema muito único de vício na voz dessa mulher incrível.
Todas as músicas das Destiny's daquele CD me trazem uma sensação gostosa de nostalgia quando eu não via a hora de chegar em casa, abrir o computador, escutar essas músicas e jogar jogos de cartas no pc (quem tinha internet discada na época sabe o quanto era difícil passar o tédio).
Quase fiquei viciada em FreeCell e em paciência spider por conta da música Dangerously in Love (uma das músicas que é praticamente só da Bey), que tocava no repeat depois do álbum tocar inteiro. Nem entendo bem, mas a minha mãe explicou algo do tipo na época, de que vício em jogo está relacionado diretamente à satisfação também da música. Psicológico e tal. Ainda hoje se eu abrir alguns desses jogos de cartas me vêm à mente essa música e todo o meu sofrimento de menina de 11 anos esperando o amor verdadeiro porque a vida era um tédio. O anos eram de 2003 para 2004 e ela tinha acabado de lançar o álbum Dangerously in Love (e com a parte 2 da canção homônima), e eu começava a dar mais valor à canções pop depois que a tv passou a pegar, milagrosamente, o canal da MTV.
A mulher estourou e ganhou 5 grammys naquele ano, e eu conhecia ela apenas pela cantora de Baby Boy e Crazy in love, que eu roqueirinha, só dançava escondido no quarto.
Até hoje eu só ando assim em casa quando escuto um OhOh OhOh OhOh UnNuhNuh. |
A partir daí, eu conhecia o passado, e acompanhei todo a trajetória depois da separação do visual comportado e meio travado das Destiny's Child, que eu amo, mas vejo muita coisa errada hoje em dia nas mensagens que elas passavam e eu não era capaz de ter senso crítico pra entender os motivos por trás daquilo.
Durante a escrita desse post rápido eu decidi que essa vai ser a semana da Beyoncé e contar um pouco de cada fase dela e a correlação comigo.
Discutir as letras e os momentos, bem como a emancipação dela ao longo dos anos é a coisa mais importante que a carreira dela pode ensinar a garotas negras.
Diva faz assim, e vai ter especial durante a semana de seu nome, que já vem de brinde um feriadão.
Que a B caia sobre nós com seu toque de Midas, amém.
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