Pandemia e a fragilidade da realidade

O que está acontecendo, afinal?

Desde que tudo isso começou, a mais de um mês atrás, as coisas não são mais as mesmas.

Nunca mais serão.

E agora eu me vejo me perguntando, o que é real? 

Quando os dias se embolam um no outro, e não dá pra acreditar nas coisas que você ouve e vê.

Quando você tem um adversário invisível mas você assiste inimigos palpáveis na televisão... sei lá. 

Parece tudo muito surreal. Parece tudo louco demais. Parece irreal.

Daí mesmo que comece sem entender, quando começa a entender começa a enlouquecer.

As coisas estão muito malucas. Como não surtar?

Ainda mais com o desgoverno atual. 

É ter raiva ou se afundar em desânimo e horror.

A saída estava sendo se alienar, mas o maior programa para se afundar em questões reais de modo raso se mostrou uma fábrica de gatilhos.

A última vez que eu me importei com isso foi justamente porque quando a bolha do BBB estourou e espalhou um rastro de tudo de ruim e um gosto péssimo na boca. Foi com o médico abusivo e a pirralha mimada. Eu até cheguei a comentar aqui o quanto saber e ver algumas coisas estava me deixando mal.

E só pra deixar todo mundo pior, me colocam um cara claramente perturbado e possivelmente, provavelmente, estuprador nojento como favorito ao prêmio. Tudo o que eu posso pensar é que algumas coisa são pensadas pra te deixar ainda pior.

Mas é claro que as coisas não são pensadas pra nada. A vida acontece só e simplesmente, e a probabilidade de você esbarrar num estuprador/molestador é simplesmente maior do que se imagina. É óbvio.

Tão óbvio quanto a ideia desoladora de quem escreveu a merda do filme O poço.