Capítulo 10 - As Gêmeas | BDB

Capítulo 10

Agora Jane se sentia uma merda e não tinha certeza como consertar isso. Ela sabia que algo estava errado com ela e V mas ela estava fodida se sabia o que era e como reparar. Vishous tinha sido sua primeira e única relação séria, então ela foi e morreu, e depois a mãe dele a trouxe de volta das portas do Fade. Ela nem sabia se alguém poderia sair de algo como isso.

"Foda-se!" Com um golpe furioso, ela enviou tudo em sua mesa a colidir com a parede. Seu sanduíche de peru fez um som molhado particularmente agradável quando o tomate e maionese deslizou para uma parada no chão.

Ela tinha que sair daqui. Ela precisava de ar; as paredes estavam começando a se fechar. O pânico cresceu de sua barriga, subindo em sua garganta, ameaçando afogá-la. Caindo no piloto automático, ela pegou as chaves da gaveta, pegou sua bolsa e correu para fora do escritório.

No corredor estéril e ao virar da esquina, ela estava quase na porta. Ela cortou à esquerda, mal conseguindo se esquivar de um doggen com um esfregão indo em direção à piscina.

"Desculpe, madame." O doggen chorou. Jane continuou correndo, ela iria encontrá-lo mais tarde e pedir desculpas. Quando ela virou a cabeça para o seu destino, bateu em Beth e LW em sua pressa.

"Jane." A rainha piscou quando ela jogou a mão contra a parede para se firmar. LW gritou com a sacudida repentina. Jane não conseguia parar. Ela simplesmente não podia. Beth não podia ajudar e, pior, ela não entenderia. Ninguém o faria, e, pior, Beth conversaria com Wrath e o Rei tentaria empurrar V nos braços de Jane e então V iria procurar alguém para esfaquear. Não, ela tinha que manter isso engarrafado dentro dela, e agora estava borbulhando até a superfície. Ela não sabia quanto tempo iria mantê-lo contido.

Ela correu pelo corredor. Ela passou zunindo por Ehlena e Manny. Ela passou por dois do Bando dos bastardos saindo da sala de treinamento. Payne tentou detê-la, mas Jane, em um momento inspirado, saiu de seu alcance e se esquivou debaixo do braço. Finalmente, ela chegou às portas duplas da garagem.Ela bateu as portas de metal como um New England Patriot através de uma linha defensiva. O ar frio cortou suas roupas e jaleco. As luzes de sua SAAB brilharam quando ela abriu as portas. Ela se atirou no banco do motorista e mandou o carro sair do estacionamento antes que a porta fosse fechada.

Alguém devia estar no encalço dela porque os portões estavam se abrindo antes que ela tivesse a chance de apertar os botões. Ela estava grata por quem quer que fosse. A lua cheia subia alto no céu enquanto ela corria montanha abaixo. Ela podia sentir o Mhis de V tentando confundi-la, mas parecia mais uma carícia quente contra seu ser do que algo maligno.

Em alguns momentos, ela quase perdeu o trem de pouso para a estrada. Ela derrapou no tráfego que se aproximava antes de agarrar o volante e endireitar o carro. Ela foi recompensada com um buzina de carro estridente. Como se ela pudesse morrer duas vezes.

Ela dirigiu em torno de Caldwell não tendo realmente um destino em mente. Ela tentou se concentrar em um pensamento, mas não ficou parado. Nada fazia sentido e finalmente desistiu do esforço.

Pensar era superestimado de qualquer maneira. As lágrimas caíram de seus olhos sem impedimentos. Ela podia sentir a frente de sua camisa começando a absorver suas lágrimas.

O que diabos estava acontecendo?Amar o V não era fácil, não que ele prometesse a ela que seria, inferno, eles se conheceram enquanto ele estava sob seu bisturi com um ferimento de bala. O que ela realmente esperava? O macho estava quebrado, danificado séculos antes de ela nascer e não havia nada que pudesse consertar isso. Ela não era ingênua o suficiente para pensar que seu amor poderia consertá-lo, mas uma pequena parte dela achava que ele valia a pena o esforço.

Ela valeu o esforço? Quando foi acertada pelo tiro de um redutor seu V estava preparado para realizar o ritual mais profano para trazê-la de volta. Ela agradeceu a Virgem Escriba todos os dias que ele tinha sido parado. Jane teria esfaqueado o próprio peito se tivesse voltado como redutor, antes de matar Vishous por entregá-la ao Ômega.

Mas isso era amor verdadeiro? Teria sido o amor que o levou a pensar que era certo imbuí-la com o sangue negro do demônio vampírico? Ou talvez fosse apenas sua garra desesperada por qualquer calor que pudesse encontrar. Ou foi a sua tentativa de substituir Butch desde que o irmão encontrou uma shellan.

A verdade é que ela não tinha certeza de que V ainda não amava Butch, e Butch certamente não estava empurrando V para longe.

Jane estava com ciúmes do relacionamento deles?

Não, ela não estava. Vishous não era heterossexual, e isso nunca incomodou Jane, e Butch havia plantado sua bandeira no coração de seu companheiro antes de ela aparecer. Além disso, V e Butch estavam mais ligados por essa profecia do que qualquer coisa que ela e V pudessem ter.

Ela colocou o carro no estacionamento de uma cafeteria. Ela saiu e caminhou para dentro da curiosa pequena prisão, tremendo. Correndo para fora da mansão ela esqueceu de pegar seu casaco. O cheiro doce de grãos assados ​​e baunilha bateu em cheio no rosto. Ela tomou uma inalação reflexiva do aroma doce. Desde que Phury havia abandonado a sua Fumaça Vermelha, ela descobriu que sentia falta do cheiro do café em volta da casa. 

Ela pediu um biscoito branco e preto e um Flat White (latte).

Todas as mesas estavam ocupadas com casais sorridentes ou estudantes da CUNY teclandoem seus Macs. Ela se acomodou na única poltrona disponível em frente à lareira. O biscoito desapareceu em segundos, mas ela levou o seu tempo com o café. Sua massa cinzenta era um redemoinho de emoções.

"Você é uma enfermeira em St. Francis?" Uma voz de sinos rompeu o nevoeiro.

Jane piscou de volta à realidade, sua xícara de café agora fria e vazia. Ela olhou para o alto-falante. Uma jovem com olhos cor de avelã graciosos sorriu para ela. A cafeteria estava um pouco mais silencioso agora, os estudantes substituídos por trabalhadores a caminho de casa e procurando pegar sua cafeína diária.

Ela piscou de novo, varrendo as teias de aranha em sua mente, "Hum, não, eu era médico de emergência." Jane respondeu. "Alguns anos atrás." Ela colocou sua xícara na mesa lateral de madeira ao lado de sua cadeira.

A mulher sorriu de novo e estacionou-se na cadeira vazia do outro lado de Jane, a xícara de café ainda fumegando. "Por acaso você se lembra de um Dr. Manello?"

Jane assentiu.“É claro que trabalhei com ele por vários anos, ele era meu chefe na verdade.” Essa foi a conversa mais longa que teve com alguém de fora da família em anos. Estava lhe fazendo uma língua solta, mas era bom estar longe da mansão e não ter a vida de alguém na balança.

A mulher correu até a beira do assento. “Ele está desaparecido há quase dois anos. Você sabe o que aconteceu com ele?

O sino começou a zumbir na mente de Jane. Língua solta era uma coisa, comprometer a mansão era outra coisa completamente diferente."Por quê?Quem é você?" Seus olhos se estreitaram. Essa mulher não era típica de Manny. Ele gostava de loiras de pernas longas e finas. Bem antes de Payne era disso que ele gostava. Essa mulher, embora com um lado delicado, tinha um peso saudável e tinha pouco mais de um metro e meio, e parecia jovem demais para ser do gosto de Manny. Ele não gostava de lobas, mas também não queria ir para a cadeia.

Jane pode ter um caso súbito dos lábios soltos, mas ela não estava prestes a afundar o navio da Irmandade. A Irmandade da Adaga Negra era importante demais para a raça para comprometê-los, e nem mesmo ser a cirurgiã-chefe deles, ou a shellan de V, a salvaria da ira de qualquer um dos hellren se suas shellans fossem colocadas em perigo.

A mulher colocou uma mecha de cabelo preto grosso atrás da orelha, as bochechas coradas levemente. "É meio complicado".

Jane fixou os olhos verdes-dinheiro na menina. “Eu conheço muito bem complicações. Você pode começar com quem você é."

"Eu realmente prefiro falar com o Dr. Manello se estiver tudo bem com você." A mulher insistiu.

“Isso é muito ruim, porque se você quiser chegar a ele em qualquer forma ou modo você tem que falar comigo primeiro e então eu posso ainda ter mais alguns obstáculos para você pular.” A besteira com V estava fazendo Jane sarcástica .

A mulher suspirou, tomou um gole do café e começou a mexer no guardanapo. "Sou Jo Early e acabei de descobrir que o Dr. Manello é meu irmão."

Jane cuspiu. "O que? Como você sabe? Onde você descobriu? O que aconteceu?Quem te contou? Você sabe quem é seu pai? "

Jo piscou quando o interrogado bateu entre os olhos em rápida sucessão. "Segure uma pergunta de cada vez."

Jane levantou-se de repente. Elas estavam em um lugar público prestes a falar sobre assuntos da Irmandade. “Nós podemos precisar levar isso para algum outro lugar.” Sua mente avidamente agarrou-se a esse quebra-cabeça, era mais fácil do que pensar sobre a merda acontecendo com Vishous agora. "Você já jantou? Eu conheço um ótimo lugar onde não seremos incomodadas." Jo olhou para Jane. "Não é nada desse tipo." Ela esperou que Jo terminasse seu próprio café. "Já esteve no Sal?"

"O velho lugar Rat Pack." Jo balançou a cabeça. "Eu sempre tive muito medo de ir lá." A garota estremeceu visivelmente. Jane teria revirado os olhos se ela não estivesse puxando o telefone para o texto de Sal.  iAm estava com sua companheira, sabia que era melhor não incomodá-lo agora, mas ela tinha o número para seu sub-chef, que sabia o suficiente sobre o que estava acontecendo para ser discreto quando se tratava da iAm e de seus negócios.

"Você acha que a máfia vai matá-la por querer parmesão de beringela?" Jane arqueou uma sobrancelha para a garota, o rosto de Jo bem colorido. Ela digitou uma mensagem rápida para Manny e Butch, mordendo o lábio e ela hesitou sobre o nome de V. Deveria contatá-lo para vasculhar a vida de Jo ou deveria deixar que Manny e Butch a conhecessem primeiro? Bem, de qualquer forma, eles gostariam de saber todos os detalhes e se a garota ia ficar com seus irmãos de alguma forma, Wrath iria querer todas as coisas sobre a garota. Agarrando seu telefone mais do que o necessário, ela deu uma mensagem muito rápida para V com o nome de Jo e uma breve descrição. Isso seria o suficiente para ele. Seu telefone apitou.Eles poderiam ter a cabine de canto perto da porta da cozinha em Sal e Butch e Manny estavam deixando a mansão agora. Zsadist ia ser backup. “Ok, ouça, preciso cuidar de algumas coisas. Encontre-me no Sal em 30 minutos e podemos conversar sobre tudo isso. ”Ela pegou as chaves da mesa ao lado de seu copo vazio.

"Espere, o que está acontecendo?" Jo se levantou. “Por que eu deveria ir a qualquer lugar com você? Quem é Você?" 

“Olha, eu posso explicar tudo, só não aqui ok. Se você quer respostas, é melhor você estar no Sal daqui a vinte minutos." Ela realmente não tinha tempo para isso, mas prendeu a respiração e esperou pela resposta de Jo.

"Tudo bem." Jo assentiu, drenou sua xícara em seu caminho para a porta. Ela olhou para Jane, “Mas se você está planejando algo, só saiba que conheço pessoas.” Jane ficou impressionada com as bolas da garota, embora Jane estivesse certa de que poderia bater na garota sem sequer tentar.

Jane entrou no carro, acelerando o motor e saindo do estacionamento, apontando o carro na direção da estrada. Eles realmente precisavam rastrear o pai de Butch e Manny. O macho era uma ameaça espermicida, e da palidez mortal que Jane notou se aproximando do rosto de Jo, a garota ia passar pela transição. 

"Porra" O médico murmurou.