Capítulo 7 - As Gêmeas | BDB


Zy sentou-se na beira da cama, seu corpo em chamas como se formigas marchassem uma por uma sob sua pele.
Maldição.
Ele sacudiu a perna direita por cinco minutos e depois correu a perna esquerda por dez minutos. Ok, isso não estava funcionando. Ele se levantou e andou ao redor de seu quarto por quase uma hora, depois se sentou de novo.
Ele sentou-se por dois minutos, em seguida, levantou-se e reorganizou suas meias por cores, o que não era difícil, já que todas eram brancas. Em seguida foram suas camisas regatas; estas eram em uma variedade de cores divertidas, preto e branco. Ele sacou as suas armas, duas .40, um 38 e uma Glock 17. A desmontagem, a limpeza e depois a reconstrução das armas levaram um total de vinte minutos.
Porra.
Ele rondou seu quarto como um leão enjaulado. Ele queria sair da casa, ele precisava sair da mansão ou iria fazer algo que ele poderia se arrepender. Ele olhou para as persianas ainda cobrindo as janelas. Ele poderia ir ao ginásio e quebrar mais algumas esteiras, mas Doc Jane disse a ele parar com a rotina de fatia de carne. Eles só tinham aquelas esteiras sobrando.
"Porra de bola ardente da morte." Ele rosnou. Ele esfregou o local sobre o peito. Ele precisava sair desta casa, ele precisava de espaço, ele queria um abraço. Merda, ele não sabia o que queria, tudo estava girando. Batendo, derrubando as coisas, deixando um rastro de destruição e detritos para trás.
Maldito sol! "PORRA!" Ele rugiu. Houve um grito e algo caiu do lado de fora de sua porta. Oh muito bom, agora ele estava assustando as pessoas da casa. Havia uma razão para os bastardos se afastarem dos outros caras e outros sacos de carne. Eles dificilmente eram domesticados e estavam sujeitos a atos aleatórios de violência e explosões de raiva. Ele queria se desculpar com quem ele tivesse aterrorizado, mas ele simplesmente não tinha energia para ser sociável no momento.
Ele não tinha relógio nem telefone e não havia relógio no quarto dele. Ele não sabia quanto tempo mais ele tinha que ficar preso nessa porra de casa. Tanto quanto ele queria sair, tanto quanto ele precisava correr até que a Terra cedesse, ele podia senti-las no andar de cima. Ele podia sentir o cheiro delas através das paredes. 
Suas gêmeas, suas pixies, ele queria ir até elas neste instante. Ele queria se banhar no sangue de humanos que as machucaram e cravar suas cabeças decepadas nos limites da cidade como um aviso. Ele queria sentir as duas debaixo dele enquanto beijava seus corpos. Ele queria uma vida inteira de noites com elas em volta de seu corpo. Ele queria tudo e queria agora, mas era demais. Ele era demais.
Quase 175 anos atravessando as noites sozinho para se chocar de cabeça em seu destino no quarto do hospital do Rei Cego. Ele riu. De todas as maneiras que ele pensou que sua vida iria, ele nunca teria imaginado encontrar uma fêmea pra si. Bem, duas fêmeas. Ambas eram dele. Eram duas fêmeas separadas, mas ele via a mesma centelha de vida nos olhos delas. Oh, que fêmea maravilhosa sua mahmen deve ter sido.
Ele queria enfiar sua bota no rabo de Vishous para deixá-la quando ela mais precisava dele. Que tipo de macho simplesmente deixaca uma fêmea que carregava seus filhotes? Como ele pode abandoná-las assim? Ele pulou da cama procurando algo para destruir. Crias eram preciosas, eram bênçãos! E suas fêmeas acabaram nas mãos de sádicos humanos! Ele pegou um vaso da escrivaninha para jogá-lo contra a parede, mas ele ponderou sua raiva e o colocou de volta no lugar. Não era sua casa para esmagar algo que não lhe pertencia; especialmente não na casa do rei. Não depois da graça que ele lhes concedeu. Absolveu o bando de bastardos que tentou matá-lo, destroná-lo e publicamente envergonhar sua shellan.
Um vampiro menor ainda estaria querendo suas vísceras.
Seus dedos estalaram quando suas mãos se fecharam em punhos.
Winter e Logan.
Sua Logan, tão ardente e fervorosa, quase quente demais para lidar. Seu sangue começou a pulsar como imaginou nas maneiras que ele queria manter seu corpo quente. A sua Winter, tão fria quanto a estação homônima, calculista e exigente. Ele podia pensar em todas as maneiras pelas quais ele iria a desfurtá-la ao tempo dela.
Houve uma batida em sua porta. "Me deixe em paz." Ele estava de pé no instante em que a alça começou a girar. Ele espalmou uma faca quando Xcor entrou no quarto com Lyric gorgolejando em seus braços.
"Estamos com medo de criança agora?" Seu líder perguntou, seu lábio leporino transformando sua aparência de um sorriso a um fac-símile de alegria.
"Perdoe-me." Ele deixou a faca cair na cama. "Eu sou um pouco irritado."
"Isso não diz muito." Xcor sentou-se no pequeno banco ao pé da cama de Zy. “Qhuinn disse que há duas novas adições para a casa. Disse que elas eram bastante impressionantes de fato. Eu não acreditava que ele tivesse a capacidade de olhar para uma fêmea dessa maneira.” Ele mudou Lyric para o outro braço e o jovem riu.
O perfume de vinculação de Zypher emanou de sua pele em uma onda insana de calor que o colocou em pé novamente. Ele mostrou suas presas para Xcor. Ele não o atacaria enquanto segurava sua filha, mas o destroçaria em pedacinhos e o jogaria em um cano de esgoto. Xcor deu-lhe uma sobrancelha levantada e um sorriso muito conhecedor.



“Eu me lembro da diversão que você teve às minhas custas com Layla. Eu acredito que isso é o que os humanos chamam de olho por olho. ” O vampiro podia ser bem maldoso quando ele realmente coloca sua mente nisso.
"Era assim?" Zy se sentou na cadeira em sua janela.
Xcor começou a balançar suavemente Lyric. “Você sabe o momento em que vê seus olhos pela primeira vez. A primeira vez que você sente o cheiro dela.”
"Tão rápido?"
“Para saber sim, para admitir não tanto. Somos machos e, pelo que sei, somos muito estúpidos.” Ele sorriu de novo.
"Mas elas são minhas."
"Elas?" Lyric bocejou.
Zy corou. "Elas são gêmeas. Logan e Winter. Ambas são minhas”.
Xcor piscou para Zypher. "Gêmeas? Ambas?"
"Sim, as duas."
"Duas fêmeas." Xcor pediu apenas para ficar claro. Você tinha que ser claro sobre essas coisas.
Zy jogou as mãos para cima. “Sim, duas delas. Já foi feito antes."
“Sim, no Velho País, séculos atrás e nunca foram irmãs, e nunca gêmeas. A prática não é feita aqui. Você não pode ter as duas, Zypher.” Lyric piscou várias vezes e relaxou dormindo.
"Elas são minhas e eu vou tê-las." Zy mostrou suas presas.
O ex-líder do bando de bastardos suspirou. “Esse é o vínculo em você falando. Elas têm que escolher você também, e pelo que ouvi elas são parte Sombra e membros da família real. Se você tentar dominá-las, causará uma dor tão inimaginável que sua mãe vai chorar no Fade quando ela olhar para você.” E isso era se os Sombras estivessem se sentindo misericordiosos.
"Elas vão me escolher." Por que isso era uma pergunta? Suas gêmeas o escolheriam. Não era uma questão. Elas eram dele e esse era o começo e o fim.
Xcor riu. “Porque você é o melhor vampiro com uma arma afiada? Ou é porque você parece tão bem em couro?”
Zypher esvaziou. "Você acha que eu não sou macho o suficiente para elas?"
“Não é o que eu acho que importa. As fêmeas não são como nós. Isso não acontece em um único momento para elas. Elas não se vinculam como nós fazemos, e suas gêmeas cresceram no mundo humano. Eles não sabem nada de nós. Você tem que merecê-las Zy. Você tem que ser digno delas e provar isso para elas.”
"Bem, como eu faço isso?" Hoje ele tava todo cheio de conselhos úteis, não estava?
“Ahh, bem, eu sou exatamente a pessoa errada para perguntar isso. Sou tão romântico quanto um ralo de esgoto.” Lyric deu um gorgolejo e um de seus pais adotivos sorriu.

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