The Gift - Black is King e Nala é também rainha!

Vocês lembram o dia exato que a sua vida mudou?

Eu sim. Eu lembro de cada exato momento que me fez ser o que eu sou hoje. Nada de diferente serei eu sem que eu tenha passado por essas experiências.

Era um final de tarde quando eu assisti o primeiro video clipe da Beyoncé em carreira solo. Depois eu descobri que era ela a menina do Pantera Cor de Rosa e bendito clipe rosa era a trilha sonora daquele filme. Eu vi Crazy in Love quando eu tinha 10 anos e decidi que eu seria tão perfeita e bonita como a Beyoncé. É claro, haviam outras divas que eu venerava na época. Eu estava mudando de colégio e queria ser a Avril Lavigne. Só que eu e ela éramos só baixinhas invocadas. A Bey tinha a minha cor. Era uma sensação diferente.

Quando por um achado eu encontrei um CD pirateado com todos os sucessos da girl band Destiny's Child, meu bem... só foi o que o destino me recomendou. Eu me conectei com uma música chamada Dangerously in Love, e desde então, estamos aqui. Sendo a BeyHive que ela precisa.

Eu não posso descrever como é ser presenteada pela maravilha que são os álbuns da Beyoncé sem antes fazer a retrospectiva do quando eu amo essa mulher, essa cantora, esse talento.

Então voltemos: a um natal passado, mais de dez anos no passado.

Fazia um ano que começara a postar no blog. Era natal e eu tinha levado um bolo. Meu namorado da época me deu um DVD da Beyoncé pra que eu não ficasse tão chateada. Foi a única coisa que eu não devolvi a ele quando nós acabamos de vez e nos afastamos.

orixá Obá: a deusa guerreira do feminino


Eu estava extasiada. Era a primeira vez que eu tinha um DVD de verdade da cantora que eu mais gostava. Sim, a minha obsessão com ela cresceria com o tempo, mesmo que havendo outros motivos envolvidos... mas ei, eu posso jurar a você que minha vida teria sido outra se eu não tivesse tido acesso à esse show. Especial e especificamente esse. Por que eu achei lá todas as músicas que eu gostava desde os 9 anos de idade, mas achei também a energia que eu precisaria para me manter firme quando a minha vida desmoronou.

What Would Beyoncé Do? - Esse era o lema.

Estou desde o ano passado para fazer essa postagem, e com o aniversário de um ano de lançamento do maior presente que a mama Beyoncé já nos produziu eu precisava fazer um post enorme sobre como esse álbum visual me impactou no último ano.

E como ela com toda a sua força, mudou a minha vida.

IMDBVariatyInsiderEssence... todos eles podem ser resumido nas palavras da Ana Paula Xongani, aqui: 

"Uma releitura contemporânea — e preta — do filme "O Rei Leão", da Disney, mescla sonoridades, imagens, cenários inacreditáveis e muita moda. Uma história preta contada de forma única...."

Bem, tudo o que eu poderia falar sobre essa maravilhosa peça de arte. A masterpiece, ninguém poderia ter feito tanto para tocar diversos corações necessitados de representatividade... 

Se eu quiser mesmo rasgar a seda eu poderia falar: "Tudo aqui foi perfeito. Tudo foi impressionante. Novo. Positivo. Eu Acho que eu não poderia pensar em nada melhor que definisse tanto a necessidade do povo filhos da diáspora africana. Eles nasceram reis, se tornaram escravos, e hoje seus filhos estão perdidos pelo mundo."

E é isso o que precisamos. Nos conectar com a nossa ancestralidade.

Amar, até as piores coisas nessa história. Mesmo que doa. Nós só podemos ser nós mesmos.

Mas não é só sobre isso. É sobre ela ter conseguido chegar lá. É sobre ela ser a maior estrela dos últimos tempos e ter tempo e respeito por quem veio antes dela. É sobre humildade, que ela sempre manteve. É sobre ela ser verdadeira no trabalho mesmo que todo mundo esteja mentindo.

Hey, eu tenho uma tag nesse blog só pra ela por um motivo!

It's just Search! Pode não ser uma grande e gigantesca monografia como eu pretendia, mas é o que temos pra hoje.


Mas, vamos lá. Vamos traduzir um pouco do impacto desse presente que Beyoncé nos deu (esquecendo os críticos de plantão falando besteira):

ORIXÁS DO BRASIL

Postado por Thamires Santos em 07/02/2019 e atualizado pela última vez em 21/07/2020

Deuses do Candomblé


Os orixás do Brasil são divindades que se assemelham aos orixás da África. Eles estão diretamente ligados aos elementos da natureza (água, ar, fogo e terra) e dominam energias capazes de movimentar o universo e a vida humana. 


Cada um tem personalidades, histórias e desejos. Assim como os homens, são movidos pelos sentimentos de amor, raiva, paixão, ciúmes, inveja, etc. Dentro das tradições são cultuados de formas (saudações, vestimentas, rezas, comidas, entre outros) e dias específicos. 

  
Os orixás são portadores do axé – forças responsáveis pela criação da luz e dos caminhos de energia positiva. Alguns deles nasceram e viveram na terra, como Xangô e Oxóssi, outros apenas participaram da criação.


Orixás do Brasil: sincretismo religioso


Durante séculos foi proibido o culto às divindades de matriz africana no Brasil. Os adeptos tiveram que associar a imagem dos orixás aos santos da Igreja Católica para burlar a doutrinação cristã. Essa relação é chamada de sincretismo – junção de doutrinas religiosas e reinterpretação das normas. Por isso que, no Candomblé, Ogum é visto como Santo Antônio, e Iemanjá de Nossa Senhora da Conceição.

  
Os orixás do Brasil pertencem a corrente afro-brasileira dentro do Candomblé. Seus cultos são divididos em em IfáEgungunVodun e Nkisi, e cada terreiro tem o orixá protetor. Cabe aos ialorixás ou babalorixás os cuidados com a parte terrena. 



Representação dos orixás do Brasil no Museu Afro Brasileiro, em Salvador. (Foto: Pixabay)

A conexão com essas divindades acontece por meio de sacrifícios, festas, danças e oferendas, sendo que cada um tem uma linguagem particular (em ioruba). As músicas, a velocidade dos ritmos, as cores e os rituais de comportamento criam o elo entre o orun (céu) e o aiyé (terra). 


Orixás do Brasil


Ainda não foi possível mapear todos os orixás do Brasil, pois são descendentes de ancestrais africanos. Nas tribos tinham denominações diferentes, mesmo que fossem os mesmos. 


Oxalá 

A divindade da criação e criatividade. É o pai da humanidade e dos orixás, o mais poderoso. Ele se apresenta na forma de um jovem guerreiro e destemido, ou de um velho sábio. 

• Dia: sexta-feira
• Cor: branco
• Elementos: ar


Iemanjá

A rainha soberana dos mares e oceanos, a mãe de todos os orixás. É a protetora dos pescadores e todos aqueles que têm as vidas ligadas ao mar. Na Bahia, dia 2 de fevereiro é voltado para homenagens, e no Rio de Janeiro, 31 de dezembro. 

• Dia: sábado
• Cor: branco, prata, azul e rosa
• Elementos: água


Nanã

A mais velha dos orixás, por isso é vista como a guardiã da morte e dos segredos. A senhora das águas profundas, nevoeiros e pântanos. Também é responsável pela criação do corpo humano. 

• Dia: terça-feira
• Cor: branco e roxo
• Elementos: terra e água (lodo)


Omulu ou Obaluaiye 

Orixá que domina a terra e o sol. Tem o poder de criar e curar doenças, por isso é o protetor dos enfermos. No sincretismo religiosos são os santos São Roque e São Lázaro. 

• Dia: segunda-feira
• Cor: preto, branco e vermelho
• Elementos: terra e fogo


Oxumarê 

Divindade que controla o arco-íris, a natureza, a passagem dos dias e anos, o movimento e a continuidade. É associado a figura de São Bartolomeu.

• Dia: terça-feira
• Cor: amarelo, verde e preto
• Elementos: céu e terra 


Exu 

O orixá que mais se assemelha aos humanos, pois mescla qualidades boas e ruins. Tem o poder de criar a paz e/ou o caos. É a divindade da comunicação e do equilíbrio. No Cristianismo tem sua imagem ligada ao demônio. 

• Dia: segunda-feira
• Cor: vermelho e preto
• Elementos: fogo e terra 

Ogum 

O deus da guerra e da tecnologia. Protetor dos caçadores, tem o poder de controlar o ferro. No sincretismo baiano é considerado Santo Antônio. Já no carioca, de São Jorge. 

• Dia: terça-feira
• Cor: verde, azul escuro e vermelho
• Elementos: terra e fogo


Oxóssi
Orixá da caça e protetor das florestas, plantas e animais. Corresponde a fartura, expansão e propagação do conhecimento.

• Dia: quinta-feira
• Cor: azul turquesa 
• Elementos: terra 


Oya ou Iansã

A deusa dos ventos, tempestades e da coragem. Tem o controle dos raios e espíritos. No sincretismo é ligada a figura de Santa Bárbara. 

• Dia: quarta-feira
• Cor: vermelho, coral e rosa
• Elementos: ar e fogo


Oxum 
Divindade dos rios, nascentes e cachoeiras. É símbolo de sensualidade, beleza, delicadeza e coragem. No sincretismo religioso é Nossa Senhora Aparecida. 

• Dia: sábado
• Cor: amarelo e dourado
• Elementos: água


Xangô
Divindade dos trovões, tempestades e justiça. É considerado um guerreiro violento e vaidoso. No Candomblé representa a imagem de São Jerônimo. 

• Dia: quarta-feira
• Cor: vermelho, marrom e branco
• Elementos: fogo e terra


Ossain
Orixá das matas e das folhas. Domina o poder de cura das plantas, por isso é considerado a divindade da medicina. No Candomblé remete a São Benedito. 

• Dia: quinta-feira
• Cor: verde e branco
• Elementos: terra

Orixá Obá e XangôOrixá Obá: deusa guerreira das águasorixá Obá: a deusa guerreira do feminino

Ilustração: Orádia Porciúncula



Obá

Orixá guerreira que domina as lagoas. Na mitologia africana aparece como uma mulher que envolveu-se com a política e comércio. 

• Dia: sábado
• Cor: vermelho e branco
• Elementos: fogo e água

Dizem que Orixá Obá no Candomblé, possui 7 arquétipos / qualidades, que podem ser identificadas em sua personalidade, dons e formas de agir:

  1. Obá Gìdéò: Neste caminho Obá está ligada a Xangô
  2. Obà Syìó: ligada a Xangô e Oyá
  3. Obà Lòdè: ligada a Iyami
  4. Obà Lóké: vem junto com Odé
  5. Obà Térà: ligada a Ogun
  6. Obà Lomyìn: ligada a Oxalá
  7. Obà Rèwá: vem junto com Orixá Ewá
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