2016!

 Seja bem vindo, seu lindo.

 
 Hoje é o dia de por em lista, e publicamente as minhas metas desse ano.
Primeiramente eu gostaria de dizer que recentemente eu resolvi me assumir de uma vez, e dizer em alto e bom som: Eu sou uma alienígena! Eu não pertenço a esse mundo, mas enquanto ninguém vem me chamar de volta para o meu planeta, eu vou ficando aqui, aprendendo e ensinando algumas poucas coisas.
Então, como está escrito na descrição dessa pessoa que vos fala, na página "Quem escreve", eu descrevo uma das personagens que mais me marcaram na vida. Essa pessoa é a Washu Hakubi. Eu pretendo falar mais dela depois, mas a questão é que infelizmente eu sempre tenho essa mania e obsessão de explicar tudo o que eu faço e penso. Então estou fazendo isso agora, mais uma vez. Eu quero ser a Washu desde 2000, quando eu tinha 7 anos. Recentemente alguém me perguntou qual era a minha lembrança mais antiga, e acho que uma das mais vívidas é de deitar com a minha mãe e dizer que eu queria ser chamada de Washu e ser uma "cientista". Eu esqueci isso por muitos, e não sei como, ou quando exatamente, a personagem voltou a ser o centro da minha vida. Eu tenho intensa atividade cerebral à noite, o que me faz absorver histórias, e juntá-las, criando outras, às vezes totalmente diferentes, uma prática que depois de um tempo eu descobrir se chamar "crossover". Mas uma coisa que me deixava bastante desconfortável é que as pessoas não usam a imaginação como eu uso a minha. Eu me achava louca, e ficou por isso mesmo por muito tempo. Eu nunca fui capaz de abrir isso pra ninguém, nem quando eu realmente tentava porque sempre pareceu muito confuso para explicar. Eu lembro também de que quando eu comecei a ter essas "visões", "viagens astrais", ou como você queira chamar isso, eu tentei explicar para os meus pais, acho que por volta dos 8 ou 9 anos, eu disse que queria escrever isso, mas eles me responderam que eu tinha muitos personagens. Mal sabiam eles o sucesso de Game of Thrones... mas, bem, continuei. Eu nem consigo mais lembrar de tantos personagens, mas me lembro que a maior parte eram cantores que eu admirava, personagens que eu adorava... enfim, nada disso tem muito sentido hoje, mas o que eu via era um mundo fora do desse mundo. Um mundo que só eu podia ver, mas que eu não controlava, as pessoas viviam nele, e eu poderia assistir, mas não participar. Talvez o meu conceito de Deus tenha se baseado nisso. Sim, eu queria que todos os personagens da minha história fossem felizes, e vivessem para sempre, mas não poderia controlar realmente porque eles teriam que decidir, dependendo de seu caráter e decisões, o que aconteceria com eles.
Depois de muito tempo eu lembrei que existia esse anime que eu havia assistido quando era criança. Eu realmente não consigo lembrar como eu fui introduzida a esse novo mundo, mas no final, consegui juntar as peças e descobrir que isso era como eu via a mim mesma. E que talvez eu não devesse tentar contar a história, e sim vivê-la. Eu lembro de quando eu realizei isso. Foi durante os protestos de 2013. Tudo na minha vida mudou a partir disso, eu não me vi mais como uma estranha; só sou diferente. Mas há outros iguais a mim. Nesse mesmo ano também conheci o conceito de Imaginação x Memórias assistindo Mr.Nobody, e no mesmo ano, assistindo à Inception, que é como basicamente junta os dois e forma o que eu estou tentando explicar, e de modo não muito claro. É isso o que acontece quando eu tento explicar algo sobre como a minha mente trabalha. Mas o conceito é bem simples: algo, alguém, esse anime por exemplo, seu autor, implantou uma memória em mim. Em algum momento eu me lembrei. Decidi que eu deveria seguir isso para conseguir paz e felicidade, mas a história muda de tempos em tempos. Eu consigo entender a minha vida numa timeline linear, mas ela não ocorre assim no meu mundo, na minha mente. Eu recentemente, por um motivo bastante específico, voltei a ver o que eu estava me desviando no meu objetivo. A questão é que eu não entendi no primeiro momento, mas o que eu sou boa, e o que eu quero fazer da minha vida estão lá, onde eu deveria ter procurado desde o primeiro momento. Washu se denominava cientista, mas na verdade era filósofa. Eu nunca seria uma cientista, mas fazer uma faculdade de filosofia era algo que eu pensava, mas nunca me dispus a investir na possibilidade, porque não dá dinheiro, eu não seria reconhecida na minha família como uma profissional... enfim, muitos mas, poréns, entredutos e todavias. Esse último ano eu fiz algo que eu não era tão boa, porque eu fiz "obrigada", não por alguém, mas por circunstâncias, e pelo direcionamento social. Eu estava perdida, e espero que esse ano eu me encontre. Então, tentaria de tudo fazer o máximo possível agora para me preparar para o que os próximos anos vão me proporcionar. Prevejo um futuro nefasto, com vários questinamentos e desconfiança; afinal, o que um filósofo faz de verdade? Bem, eu não sei, mas tenho certeza que eu irei descobrir em breve.

  1. gnōthi seauton (Conhece-te a ti mesmo)
  2. Estudar, muito, tudo. Desde línguas à técnicas de relaxamento, yoga, psicologia, arte, sobre diferentes formas de ver o mundo, sobre o amor, tempo e espaço.
  3. Me orgulhar de mim mesma e ser uma boa mãe.
  4. Fazer curso de artes visuais, e passar no vestibular em bacharelado em filosofia.
  5. Continuar a escrever. Tudo e qualquer coisa, mesmo que não pareça fazer sentido, mesmo que não pareça ser real. Nunca parar;
  6. Aprender a esquecer e perdoar.
  7. Parar de pedir desculpas por tudo, aprender com os meus erros e não repetí-los.

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