Descobri sem querer: Nathalie Vogel e o realismo

Estava passeando pelo Instagram um dia desses e me deparei com essa postagem:

Quase um mês depois me interessei em procurar um pouco sobre "tinta a óleo sobre tela"; nunca entendi o uso repetitivo dessa mesma frase em livros, acho que a repetição dessa mesma técnica me deixa desconfortável sobre a "arte formal" já que eu sou uma pessoa que sempre admirou bem o uso de canetinhas coloridas sobre papel A4 (é isso!). Isso foi quando eu ainda era criança.
Depois de um bom tempo vendo essas palavras embaixo de tantas obras eu compreendi a nível de refinamento pra se fazer uma boa peça de arte com esses materiais sem acabar estragando com os detalhes. Isso faz um bom tempo, quando eu ia num restaurante perto do que hoje é o meu curso de artes, e depois da pizza, ficava olhando os quadros a venda numa salinha separada. Eu também nunca entendi aquela salinha; é uma sala de visitas? Num restaurante? Tão estranho, aquela divisória entre um salão e outro...
Dreamscape @NathalieVogel,
2007, oil on canvas, 40 x 30 inches

De qualquer jeito, comecei a amar mais, apreciar mais essas obras. Meu primeiro amor foi Dalí e seu surrealismo. Hoje eu prefiro o realismo, pois cheguei a conclusão que é mais difícil pintar uma pessoa do que um sonho. Mas provavelmente essa é uma visão minha sobre a imagem visual de uma pessoa e sobre a imagens dos sonhos.

Todas as artes desse post são de autoria dela, e podem ser encontrados no site:
http://www.nathalievogel.com/


Objectify *This*  .... .....................
2009, oil on canvas, 16 x 14 inches
40.6 cm x 35.6 cm
O que me chama atenção nessas obras de realismo é justamente essa sensação de que o óleo é quase um pixel. Parece real. Em vista da dificuldade de se fazer um obra desse tipo com esse material e que dê a sensação. Na verdade, não sabia o que era, mas agora percebendo melhor, lendo, escrevendo e observando, o que me faz ter essa percepção talvez seja o cabelo, que é bastante detalhado e contrastado com os fundos.

Não vou mentir, o nu ajuda muito na minha percepção de beleza. Obras como 'September Afternoon', 'Its Pretty Far'  e 'Kundalini', me chamam mais atenção. 

Nathalie Vogel© – “Acoustic Memory”
Não vi o rosto da Nathalie, mas eu imagino que ela seja uma mulher branca, descendente de franceses. Eu fico a imaginar que tipo de pessoa ela é, já que quando eu não conheço a mente ou o corpo por trás das pinturas, eu acabo deixando a imaginação rolar solta. Fico pensativa se são auto retratos, as mulheres nas pinturas parecem muito umas com as outras. Esse pensamento veio quando eu vi especificamente depois dessa: 
Nathalie Vogel© – Myselves
Outro pensamento é de que ela mesmo sendo de Madagascar, foi a Paris estudar arte... e de ela definitivamente é uma mulher privilegiadíssima. Num país sul-africano, porém filha e neta de artistas, como fala em alguns locais da internet.  É até cínica a ideia da extrema palidez de suas faces. Não que ela seja uma artista cínica, só que tem um certo sarcasmo inerente. 
De qualquer jeito, indico o site, indico a arte, indico até a colega da mesma escola NYAA, Alyssa Monks.
Ela arrasa. 

Comentários

Postagens mais visitadas

Facebook