Eu, a inteligência e os blogs

Quando eu criei o meu primeiro blog em meados de 2009 eu pensava em como eu poderia me lançar ao mundo. Na época, eu pretendia desenhar, mostrar minhas criações no mundo da moda, me tornar estilista, fashion designer, consultora de moda ou qualquer coisa nesse estilo. Veio uma época mais complexa onde eu me afastei da arte, muito mais do que eu gostaria, e me dediquei a nova tarefa de ser uma mãe jovem e cheia de problemas. O blog acompanhou esse estado de incertezas e tristezas aceitando os desabafos, sendo um companheiro fiel e silencioso. Veio a mudança de pensamento sobre muitas coisas em 2013 e com ela, eu quis "mudar o mindset", pensar positivo, amar os desafios, conhecer melhor minha cidade, praticar meditação e yoga se tornaram as prioridades. Aí veio os frutos dos estudos e dos pensamentos positivos, o primeiro emprego, e junto com ele, frustrações e amargura.
O ano passado foi de pensar e sofrer com coisas que eu não poderia mais mudar, mas esse ano, eu pensei que as coisas melhorariam. E realmente começaram mudadas. Eu pensava todo dia o quanto que eu estava numa maré de sorte, me sentindo bem comigo e com o mundo.
Só se passaram uns dois meses depois dessa súbita felicidade, e eu estou abaixo do chão.
Inferno pessoal, como se pode caracterizar.

Esses momentos de constantes expansão e quase imediatamente seguido de limitação. Estou meio cansada disso. Cansada da vida real. Onde se dá um passo pra frente e dois pra trás. Admiro a ficção, e dentro dela as coisas seguem pra desenvolvimento. Não existe porque por firulas que não servem pra nada, não levam a lugar nenhum, e que não faça você refletir sobre algo. Na vida real parece que estamos sempre passando pelas mesmas coisas, repensando os mesmos resultados.

Eu comecei esse texto sem muita organização, então me perdi. Mas é como eu estou me sentindo. Perdidinha.

Não sei mais o que fazer. Não sei como me reinventar. Estou cansada pra cacete.


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