Fome
Estou nessas fases de ver o ruim em tudo. Não que eu tenha visto muitas coisas boas ultimamente.
É que mesmo quando eu quero me distrair do mundo, algo sempre me relembra coisas ruins.
Eu fui ver O Poderoso Chefinho esse fim de semana e me senti mal assistindo.
Que porra tá acontecendo?
Acho que não tenho me alimentado bem. Mas esse é sempre o início de uma derrocada íngreme na minha vida: eu sentindo nenhuma fome, comendo só pra me manter em pé e desgostando do mundo.
A minha fome é de outra coisa, comida não me preenche. E isso é algo bem sério se for considerar que eu já passei por alguns períodos complicados com distúrbios alimentares. Nem digo distúrbios, mas mais uma ansiedade forte o suficiente pra me deixar fisicamente doente. Distúrbios alimentares fazem parecer mais sérios do que realmente foram.
Mas por que isso é importante? Bem, por nada. Já passou. Mas eu me sinto especialmente fraca e com um buraco na barriga hoje, então achei que seria uma boa descarregar isso em textos. Estou duvidando que seja algo bom, porque não me sinto melhor por descarregar sem responsabilidade alguma palavras que não vão me levar a nada. Ainda estou perdida, mas sinto que vou precisar de uns exames de sangue em breve pra saber se tudo não passa de outra anemia. Isso me ferra demais. Quanto mais me sinto desesperançosa menos como, e quando como menos fico cada vez mais tentada a fazer besteira. E besteira no nível parar de comer de vez, não beber até cair ou ir numa rodízio de pizza e comer até passar mal.
A minha fome de viver é meio anoréxica. Eu diria que aquela adolescente que adorava a Nicole Richie Skelington nunca morreu em mim. Essa vontade louca de ir morrendo aos poucos porque não tem nada no mundo que vai matar essa fome.
Mas eu lembro que tenho que continuar vivendo. Não importa como, e continuo comendo.
Me sinto triste depois de velha. A juventude ainda te dá uma falsa ideia romântica de que alguém vai conseguir te tirar dessa. Que vai levar esses sentimentos e essa fome embora. Mas aí você envelhece e tem que descobrir que não. Essa merda vai ficar aqui até você decidir jogar fora. Ninguém vai vir te salvar e você tem que fazer isso sozinho, se quiser. Problema seu se você não quiser.
É que mesmo quando eu quero me distrair do mundo, algo sempre me relembra coisas ruins.
Eu fui ver O Poderoso Chefinho esse fim de semana e me senti mal assistindo.
Que porra tá acontecendo?
Acho que não tenho me alimentado bem. Mas esse é sempre o início de uma derrocada íngreme na minha vida: eu sentindo nenhuma fome, comendo só pra me manter em pé e desgostando do mundo.
A minha fome é de outra coisa, comida não me preenche. E isso é algo bem sério se for considerar que eu já passei por alguns períodos complicados com distúrbios alimentares. Nem digo distúrbios, mas mais uma ansiedade forte o suficiente pra me deixar fisicamente doente. Distúrbios alimentares fazem parecer mais sérios do que realmente foram.
Mas por que isso é importante? Bem, por nada. Já passou. Mas eu me sinto especialmente fraca e com um buraco na barriga hoje, então achei que seria uma boa descarregar isso em textos. Estou duvidando que seja algo bom, porque não me sinto melhor por descarregar sem responsabilidade alguma palavras que não vão me levar a nada. Ainda estou perdida, mas sinto que vou precisar de uns exames de sangue em breve pra saber se tudo não passa de outra anemia. Isso me ferra demais. Quanto mais me sinto desesperançosa menos como, e quando como menos fico cada vez mais tentada a fazer besteira. E besteira no nível parar de comer de vez, não beber até cair ou ir numa rodízio de pizza e comer até passar mal.
A minha fome de viver é meio anoréxica. Eu diria que aquela adolescente que adorava a Nicole Richie Skelington nunca morreu em mim. Essa vontade louca de ir morrendo aos poucos porque não tem nada no mundo que vai matar essa fome.
Mas eu lembro que tenho que continuar vivendo. Não importa como, e continuo comendo.
Me sinto triste depois de velha. A juventude ainda te dá uma falsa ideia romântica de que alguém vai conseguir te tirar dessa. Que vai levar esses sentimentos e essa fome embora. Mas aí você envelhece e tem que descobrir que não. Essa merda vai ficar aqui até você decidir jogar fora. Ninguém vai vir te salvar e você tem que fazer isso sozinho, se quiser. Problema seu se você não quiser.
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