Friedrich Nietzsche ("Além do Bem e do Mal").

“Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.”

Friedrich Nietzsche ("Além do Bem e do Mal").


Resumo do texto Identificação – Psicologia de Grupo e Análise do Ego, cap. VII, Vol. XVIII, 1921
Identificação:
Mais remota expressão de um laço emocional com outra pessoa; tem papel importante na história primitiva do complexo de Édipo.
Menino: dois laços psicologicamente distintos: catexia de objeto sexual e direta para com a mãe e uma identificação com o pai que o toma como modelo. A princípio a identificação e o desejo em relação à mãe subsistem lado a lado, sem interferência um ao outro. Mais tarde, o menino se identificará com o desejo de substituí-lo em relação à mãe. O complexo de Édipo se origina aí.
A identificação é sempre ambivalente, podendo evocar ternura ou desejo de se afastar de alguém.
Processo derivado da fase oral, na qual o objeto que prezamos e pelo qual ansiamos é assimilado pela ingestão.
Identificação com o pai: o pai é o que gostaríamos de ser; Pai como objeto: pai que gostaríamos de ter.
A identificação pode aparecer no lugar da escolha de objeto e essa escolha de objeto pode regredir para a identificação. Especialmente onde há repressão e os mecanismos do inconsciente são dominantes, frequentemente na identificação, o ego assume características do objeto. Exemplo: a menina que imita a tosse do pai, identificação com o sintoma de seu objeto de desejo.
Identificação baseada na possibilidade ou desejo de colocar-se na mesma situação – exemplo da moça do internato. Simpatia que surge da identificação.
A identificação é a forma mais primitiva e original de laço emocional com um objeto; a identificação é, posteriormente, substituída por uma vinculação de objeto libidinal, por meio da introjeção do objeto no ego; a identificação pode surgir também com a constatação de uma qualidade comum partilhada com outra pessoa que não é objeto sexual.
Homossexualismo: jovem não abandona a mãe e se identifica com ela, procura objetos aos quais possa conceder um amor e um carinho iguais aos que recebeu de sua mãe. Há a introjeção no ego do objeto de renúncia.
Melancolia: é a perda real ou imaginária de um objeto amado. Sujeito apresenta exacerbada autocrítica, elevada autocensura e autodepreciação do ego. Censura e crítica se destinam ao objeto perdido e isso representa a vingança do ego sobre esse objeto. Caso de introjeção no ego do objeto.
Elaborado por Fernanda Capuano e Renata da
 Equipe de Monitoria de Psicanálise da PUC/SP

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