Arte e as garotas
Semana da mulher (faz dias já, mas eu comemoro o mês inteiro) passou e aqui estou eu pra falar sobre arte...
E mulheres.
Estou cursando Artes Visuais no Instituto Federal aqui de Pernambuco, então ao invés de aula de história da arte, tivemos uma discussão esclarecedora sobre alguns aspectos;
Principalmente sobre o porque de não termos muitas mulheres artistas, principalmente nos períodos anteriores à contemporaneidade.
O texto discutido foi "Por que não houve grandes mulheres artistas?" de Linda Nochlin.
Realmente, assim como na hora do debate, e agora, ainda continuo com o pensamento de que não tivemos grandes artistas. E se tivemos grandes talentos eles nunca saíram das decorações das cozinhas, dos quartos, das casas grandes. Falar de arte naquele tempo, sendo mulher (branca, vamos fazer esse recorte), era proibido até pela sociedade. Qualquer forma de arte já era uma parte bastante marginalizada pra mulher e foi até bem pouco tempo. Dançarinas, cantoras, e atrizes. As modelos vivos dos tantos nus artísticos pintados em épocas passadas. Mais ainda desconhecidas eram as pintoras, escultoras, entendedoras de artes conceituais e no meio intelectual. Porque sempre fomos adereço. Algo a embelezar, e nunca fomos as protagonistas; o protagonismo da arte era dos homens (brancos, novamente). Fomos sim, muito retratadas. Mas nunca as talentosas. As bonitas, nunca as intelectuais.
Vi esse vídeo um pouco antes desse debate, compartilhado no facebook de uma amiga muito talentosa (a @drrsarts). Me deu base pra muita coisa, muito pensamento.
O momento que vivemos hoje é de impulsionamento das carreiras femininas... além de reconhecerem que podemos ser talentosas, queremos dizer que somos sim, muito talentosas.
Pra ter como calar a boca de algumas pessoas que acham que "só pelo fato de ser mulher, uma amadora poderia tirar o lugar de um homem profissional e experiente". Querido, dá licença. Chegamos aqui e somos capazes de tudo. Demoramos pra encontrar coragem pra enfrentar o mundo, só isso. Mas dizer que só por ser feminista já temos um lugar ao sol é ser muito ignorante, ou de uma má fé incrível. Porque nós apenas deixamos de embelezar a arte pra nos tornamos as artistas. E sim, continuamos a nos valorizar e à nossa própria beleza, mas isso porque vocês não tem nada a mostrar de belo que não seja o igual e o comum. Dá licença, que chegamos.
Chegamos ao momento em que eu conheço o nome da mulher que mudou a minha vida anos atrás. E que eu não conseguia chegar ao seu nome. Carol Rossetti não era um nome conhecido pra mim, e sinceramente, em muitas ocasiões, como eu via as ilustrações com dizeres em inglês, pensava que ela era uma artista de fora e que aos poucos tinha sido traduzida aqui no br. Qual foi minha reação quando vasculhando o novo site de resposters da Skol (que aliás, recomento muito, não pela Skol mesmo, que demorou pra merecer respeito com os comerciais, mas pela quantidade de mulheres que eles propuseram a nos apresentar), me deparo com ela e com o site Café com Chocolate e como o projeto Mulheres. Ah, eu amei demais. Conhecer mais de como é o processo dela, e de outras artistas é como podemos ajudar esse mercado que ainda está se abrindo pra nós todas. Então aprecio toda forma de incentivo, até de uma empresa que explora mulheres a anos pra vender cerveja pra homem besta.
Ainda quero escrever e saber mais de artistas antigas e também as contemporâneas. Mas a procrastinação está grande em comparação às postagens que inventei de fazer esse mês. Tá quase em quinze não terminadas. Vamos ver o quanto eu consigo postar ainda.
Mas só pra me lembrar:
E mulheres.
Estou cursando Artes Visuais no Instituto Federal aqui de Pernambuco, então ao invés de aula de história da arte, tivemos uma discussão esclarecedora sobre alguns aspectos;
Principalmente sobre o porque de não termos muitas mulheres artistas, principalmente nos períodos anteriores à contemporaneidade.
O texto discutido foi "Por que não houve grandes mulheres artistas?" de Linda Nochlin.
Realmente, assim como na hora do debate, e agora, ainda continuo com o pensamento de que não tivemos grandes artistas. E se tivemos grandes talentos eles nunca saíram das decorações das cozinhas, dos quartos, das casas grandes. Falar de arte naquele tempo, sendo mulher (branca, vamos fazer esse recorte), era proibido até pela sociedade. Qualquer forma de arte já era uma parte bastante marginalizada pra mulher e foi até bem pouco tempo. Dançarinas, cantoras, e atrizes. As modelos vivos dos tantos nus artísticos pintados em épocas passadas. Mais ainda desconhecidas eram as pintoras, escultoras, entendedoras de artes conceituais e no meio intelectual. Porque sempre fomos adereço. Algo a embelezar, e nunca fomos as protagonistas; o protagonismo da arte era dos homens (brancos, novamente). Fomos sim, muito retratadas. Mas nunca as talentosas. As bonitas, nunca as intelectuais.
As Mina na História adicionou um novo vídeo: Mulheres na Arte.8 de outubro de 2016 ·E pulando para hoje. Nem vou falar muito do começo das mulheres realmente entrarem no meio artístico, deixo isso pra depois, outra hora, outro momento. Vamos ao agora.
Créditos: PlayGround
Tradução via: Não Me Kahlo
O momento que vivemos hoje é de impulsionamento das carreiras femininas... além de reconhecerem que podemos ser talentosas, queremos dizer que somos sim, muito talentosas.
Pra ter como calar a boca de algumas pessoas que acham que "só pelo fato de ser mulher, uma amadora poderia tirar o lugar de um homem profissional e experiente". Querido, dá licença. Chegamos aqui e somos capazes de tudo. Demoramos pra encontrar coragem pra enfrentar o mundo, só isso. Mas dizer que só por ser feminista já temos um lugar ao sol é ser muito ignorante, ou de uma má fé incrível. Porque nós apenas deixamos de embelezar a arte pra nos tornamos as artistas. E sim, continuamos a nos valorizar e à nossa própria beleza, mas isso porque vocês não tem nada a mostrar de belo que não seja o igual e o comum. Dá licença, que chegamos.
Chegamos ao momento em que eu conheço o nome da mulher que mudou a minha vida anos atrás. E que eu não conseguia chegar ao seu nome. Carol Rossetti não era um nome conhecido pra mim, e sinceramente, em muitas ocasiões, como eu via as ilustrações com dizeres em inglês, pensava que ela era uma artista de fora e que aos poucos tinha sido traduzida aqui no br. Qual foi minha reação quando vasculhando o novo site de resposters da Skol (que aliás, recomento muito, não pela Skol mesmo, que demorou pra merecer respeito com os comerciais, mas pela quantidade de mulheres que eles propuseram a nos apresentar), me deparo com ela e com o site Café com Chocolate e como o projeto Mulheres. Ah, eu amei demais. Conhecer mais de como é o processo dela, e de outras artistas é como podemos ajudar esse mercado que ainda está se abrindo pra nós todas. Então aprecio toda forma de incentivo, até de uma empresa que explora mulheres a anos pra vender cerveja pra homem besta.
essa sempre foi muito especial pra mim |
Mas só pra me lembrar:
- Rosalba Carriera
- Rachel Ruysch
- Fede Galizia
- Lavinia Fontana
- Barbara Longhi
- Clara Peeters
- Artemisia Gentileschi
- Elisabetta Sirani
- Sofonisba Anguissola
- Leonora Carrington
- Properzia de' Rossi
- Frida Kahlo
- Tina Modotti
- Guadalupe Marín
- Josephine Baker
- Chavela Vargas
- Georgia O'Keeffe
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