O romancista de O exorcista
por John Hayward |
Mas, o negócio é que eu fui procurar se o livro era mesmo um romance, e me deparei com a notícia que o autor morreu. Dois meses atrás, apenas. Ele morreu velhinho (89 anos), o William Peter Blatty, mas ainda assim, senti um peso no coração.
Ele fez uma das histórias que mudaram o meu modo de ler. E digo isso em referências de forma mesmo. Porque diferente do filme, o livro é mais medonho e mais leve ao mesmo tempo. É curto até, pelo tanto que é contado no filme, que ele mesmo escreveu o roteiro.
Ele nasceu no mesmo dia do calendário que Anne, só que 84 anos depois. Ele escreveu muitos romances de terror, pelo que eu pude ver no Wikipédia.
- Which Way to Mecca, Jack? (1959)
- John Goldfarb, Please Come Home (1963)
- I, Billy Shakespeare! 1965
- Twinkle, Twinkle, "Killer" Kane (1966)
- O Exorcista (1971)
- A Nona Configuração (1978)
- O Espírito do Mal (1983)
- Demons Five, Exorcists Nothing: A Fable (1996)/Revisto e re-publicado em 2013, novo título Demons Five, Exorcists Nothing: A Hollywood Christmas Carol
- Elsewhere (2009) – Publicado originalmente como novela em 1999 em Al Sarrantonio's 999: New Stories of Horror And Suspense anthology.
- Dimiter (2010) / Revisto e re-publicado em 2013; também publicado com o título The Redemption[2]
- Crazy (2010)
- The Exorcist for the 21st Century (2015)
E ele incrivelmente escreveu até dois anos atrás no mínimo uns dois livros. Um deles não-ficção e que eu achei até bem interessante:
Finding Peter: A True Story Of The Hand Of Providence And Evidence Of Life After Death (30 de Março de 2015)
Aparentemente, um filho dele morreu de uma doença rara e o William e a mulher começaram a ter algumas experiências extra sensoriais com base na morte dele. O livro estava entre os bestsellers do New York Times... se bem que é uma coisa bem subjetiva, o A cabana também era, e ainda peno até hoje pra ler esse livro, mas Marley e Eu, até hoje é um dos meus livros favoritos. Mas, bem, histórias verídicas (ou sobre experiências pessoais) sempre tem lugar no New York Times;
Aparentemente, e nem queria fazer essa comparação, mas já faço... as maldições dos filmes de terror dessa época vão perseguindo até 10 anos após.
Quem não sabe os problemas nas gravações de O exorcista, ou ao menos em Poltergeist, que é basicamente essas coisas particularmente tensas que ocorrem entre os envolvidos na produção de um filme baseado em demônios e espíritos.
Vocês lembram das coisas que aconteceram na gravação de O exorcista?
Teve gente morrendo a rodo, um deles um ator que tinha terminado as gravações, depois de uns dias morreu de pneumonia (?). O pessoal que trabalhava no set, amigos dos atores, mulher e filho. O coitado do romancista que também roteirizou o filme perdeu filho anos depois como já foi falado. Até pessoa que recusou trabalhar nas continuações morreu.
Galera perdeu dedo, se machucou... também porque o diretor era super irresponsável *técnica em segurança do trabalho, presente* . Enfim, coisas acontecem ou é tudo muito ridiculamente coincidente, e tem uma cobertura de mídia e é aproveitado como propaganda, certamente.
Também gostaria muito de ler Legion (O espírito do mal, em pt-br), que é a continuação do livro que deu a fama ao William, e que inspirou o terceiro filme da saga O exorcista, que aliás, não assisti e se assisti não lembro. Dizem que o filme não é bom, mas o livro não é de se jogar fora, já que é mais uma trama policial, com assassinatos e investigações, sem esquecer dos demônios do exorcismo;
Meus pêsames pra família. Que ele encontre o filho do outro lado.
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