Resenha BDB: Amante Libertada
Opa, então, só pra fechar a história já começada. A história da Payne e tem muito a ver com o livro do irmãozinho dela, Vishous [5ºlivro] . Lá se explica o quanto que a mãe, divindade e não tão virgem assim, é uma irresponsável com os próprios filhos, pra não dizer má mesmo.
Ela também aparece mais no livro do John e da Xhex [9º]. O último antes desse, em que ela tinha acabado de sofrer um acidente, causado indiretamente pelo Wrath, que começou uma amizade baseada em amor por lutas com ela, e eles treinavam juntos depois que o Rei perdeu completamente sua visão (livro do Rehv explica isso![8º]). Essa é mais um mapa para situar as resenhas/resumos da série, como dito antes, todos os livros até agora podem ser lidos separadamente; pode perder os detalhes, mas dá muita noção do que aconteceu antes.
Livro 10: Amante Libertada
Personagens principais: Payne e Manny (+Vishous +Butch)
Personagens secundários: Jane, Xcor e bando dos bastardos, Blay, Qhuinn e Saxton
Vamos recontar e aprofundar a história dessa família disfuncional.
Começamos muito tempo atrás, trezentos e três anos pra ser exata, no Antigo País. A Virgem Escriba e seu acordo com um dos machos mais violentos e fortes da Irmandade da Adaga Negra. Ele queria um filho macho, ela precisava de um reprodutor. Os dois chegam ao acordo de que ela entregaria o filho e por 300 anos, ele ficaria sob a supervisão dele, antes de ser dela; mas pra não ficar só, a mãe da raça deu a luz também a uma menina. Deu merda do pai com o menino. Ele não era a pessoa que o Bloodletter queria que ele fosse. O mesmo aconteceu com a mãe, que tinha uma filha que não correspondeu ao que ela queria.
O menino preferia ler ao invés de lutar, a filha preferia lutar ao invés de ser uma Escriba... aquele drama de pais.
Só que... estamos falando de vampiros e semideuses. Então quando o Vishous foi mandado embora do acampamento do pai e quase morto. Ele saiu sem uma bola, quase castrado, cheio de tatuagens dizendo que ele era uma maldição e um pouco antes da luz do sol. A irmã tinha passado toda a vida no Santuário, lugar de adoração à sua mãe, mas que podia ver tudo o que acontecia com irmão dela.
Daí a merda. Ela, louca de raiva, depois de um deslize da mãe, não se sabe quanto tempo depois do V ir embora, acaba encontrando um jeito de sair da prisão do Outro Lado e chega na terra pra matar o velho deles.
Bloodletter já tinha cuidado de arranjar outro filho, que assiste aterrorizado a morte de um macho filho da puta, mas pai dele, em chamas porque uma fêmea saída do nada o toca. É assim que conhecemos o Xcor.
A Payne, ao terminar o serviço com o pai tenta ter uma vida terrena, procurar o gêmeo dela, mas não rola, a mãe manda ela de volta pro Santuário onde ela fica presa, congelada ao longo dos anos, até que num arroubo de consciência, depois de liberar o V de um acordo que ele nem tinha feito, ela solta as amarras da filha também. Mas tampouco deixa ela sair do lugar. Até ela quebrar a coluna numa luta, e ter que ser mandada para a terra pra tentar reparar o estrago.
Quando a Payne chega na terra, o Xcor parece sentir que ela voltou, a mulher que ele tinha procurado a vida toda para vingar a morte do líder dos Bastardos, grupo de guerreiros que meio que herdou. Eles viviam no Antigo País, lá pelo leste europeu (imagino eu), longe das vistas do reinado do rei, mas resolvem cruzar o oceano pra tentar a sorte do lado de cá.
Enquanto isso a Payne espera, ao lado do irmão chocado ao saber da existência dela, que a doutora Jane encontre o médico Mannuel Manello, especialista em traumas e ortopedia. O Manny tá lá, vivendo a vida dele, cuidando da égua dele que acabou se sofrer um acidente correndo, quando cai no colo dele a verdade de que a amiga, que ele acredita ter morrido num acidente de carro, uns meses antes, está viva e pedindo ajuda dele. Todos em choque.
No geral, tudo se torna sobre os irmãos, pra não dizer que esse é logo um segundo livro do V. Desde a maneira como é colocada a presença do Manny em relação ao ciúmes do Vishous com a Jane, e logo depois quando se torna óbvio o interesse na irmã dele, no maior estilo vampiro, à primeira vista e tudo, e logo o V tá possesso de ciúmes da irmã, que a pouco tempo nem sabia que existia.
Entre uma frustração e outra, ele foge, porque era isso que o Irmão faz quando tinha muita carga emocional envolvida, e se dá um pouco de dor, numa sessãozinha BDSM sem a Jane, e sem ninguém. Só ele (faltou coragem na Ward pra por ele traindo na tora, mas deixa quieto), velas e alguns redutores pra ajudar.
A cirurgia da Payne é realizada no mundo humano, no hospital, o Manny faz a operação e sai tudo como previsto, a menos que o estrago seja permanente. E dali, ele não poderia fazer mais nada. Eles nem guardam esperanças de se ver de novo, já que o V quer quebrar a cara do médico... porque sim.
Porém, contudo, todavia, Payne não volta a sentir as pernas. E ela tá pronta pra dar um fim na vida dela, com ou sem ajuda, pensando que depois de finalmente livre do cativeiro da mãe dela, ela ainda vai estar presa no próprio corpo, sem nunca poder viver a vida dela. E é tenso, porque ela pede ajuda a Jane, e isso fode ainda mais a não relação que ela está tendo com o gêmeo da paraplégica.
Quase temos uma desgraça, com direito a V machucando (?) a Jane. Não fica claro o que ela sentiu, mas sabemos que ele agarra o braço dela com certa força e mesmo ela sendo uma fantasma não fica claro o que aconteceu. Ponto a menos pra V; isso logo se torna uma situação insuportável, porque ela encontra indícios da saidinha dele e o confronta. E ele nem fala nada, não nega nem desconversa, nem nada. Diz pra ela ir embora. Nem falar, na verdade. Joga uma bolsa pra ela reunir as coisas dela e sai sem nenhum diálogo. Dois pontos a menos para o V. Mil pontos a menos pra relacionamentos desse tipo.
Mas ele vai procurar o Manny pra ver se ele dá um pouco de esperança a irmã dele. Nisso o cirurgião tá surtando por causa das memórias tiradas dele, e porque nos sonhos ele tem certeza de que a Payne existe, mas sem nenhuma evidência disso na vida real. Isso é resolvido, o V deixa ele "cuidar" da Pay até a vontade de viver dela apareça, e ele possa chutar o cara de volta pra vidinha dele, ou matá-lo. Sim, porque ninguém acreditava que ela poderia andar, filamentos rompidos, alguma coisa do tipo, não se colam por mágica. Mas é aí que o poder da Payne aparece. Aparentemente, quando tem sentimentos fortes, a vampira-semi-deusa é capaz de invocar um poder que tanto pode ser destrutivo ou positivo, assim como a mão constantemente brilhante do irmão dela ou quando ela matou o pai deles incendiado pela raiva dela. Caso é que quanto mais ela se excita (sim, sexualmente mesmo) pelo médico, mais ela vai voltando a mexer as pernas. Até estar completamente curada não demora muito, já que o Manny vai ajudando ela a se manter desse jeito até ela recomeçar a andar.
O negócio é quando o V encontra os dois fazendo valer esse método de cura. Aí o negócio fica feio.
A melhor cena desse livro fininho começa a partir de: Manny e Payne no banheiro, ele com a boca ocupada, e Vishous abrindo a porta do banheiro e encontrando a cena e ficando apenas CHOCADA. Depois com muita raiva, jogando na cara que ele não poderia ficar com ela pra sempre, que era só um humano, que nunca seria admitido no mundo dela e que ela poderia parar de onda com ele porque esse relacionamento não ia a canto nenhum. Difícil dizer quem ficou mais indignado, ela ou o irmão, mas que um ficou bem fodido da cabeça ficou, porque o V ao ver a gêmea indo atrás dele nuinha no reflexo do espelho, tascou uma cabeçada no objeto. Não muito inteligente, mas sai soltando fogo pelas ventas. Pra cair no colo do Butch.
Negócio é que o relacionamento próximo-até-demais dos bests já tinha sido aceito por ambas as shellans. Quando a Jane conheceu o V o segundo pensamento sobre ele além dele ser um sequestrador é que ele e o Butch eram um casal; e a Marissa aprendeu a coexistir com Vishous porque a vida do marido dependia inteiramente dele. A relação entre eles era do tipo que a Jane depois que o V nem negou nem confirmou a traição, ela vai perguntar pro ex humano se foi com ele "porque se foi, ela podia perdoar"; e o Irmão tenta acalmar a Jane dizendo que mesmo o V precisando de dor às vezes ele nunca trairia. Ele chega a falar pro V que se precisasse disso, ele faria pra ele...
E pasmem, ele vai lá cobrar essa oferta, bem depois da saída dramática do centro médico cheio de vidro pregado na testa:
Enquanto, ele vai pro Commodore, o ap que o V tem pras práticas BDSM, a Payne quebra o pau com o Manny porque ele argumenta que o V está certo, e que não existe muito o que fazer sobre eles precisarem se separar, já que ela já está andando. Ele tem mãe, trabalho e a égua com a pata quebrada que precisam dele no mundo normal. Não daria pra ele ficar com ela transitando entre as duas esferas. Ela fica puta da vida, mas no final aceita, porque essa é a decisão do Wrath de qualquer jeito. Ela precisa deixar ele voltar pra casa e apagar as memórias dele, novamente. Eles decidem dar um último adeus num passeio onde ele mostra a preciosidade dele. A égua. E é o melhor encontro, um dos poucos da Irmandade. Ela aproveita e usa seus poderes pra curar a pata da Glory; mas nem tudo são flores, logo antes deles terem que dizer adeus ocorre um quase assalto, e a Payne quebra o humano e deixa o Manny ainda com as memórias pra ele poder explicar pra polícia o que aconteceu.
Payne e Manny tem a permissão do rei pra ficarem juntos, ele passa a viver lá com ela, trabalhar com a Jane e ele consegue um meio termo entre a relação dele com o cunhado. Quanto a se ele vai se transformar alguma hora, não se sabe. Payne acha que é um risco muito grande pra ele, e eles ficam de boa com os poderes dela mesmo sem a mudança.
Enfim, esse é um livro cheio de cenas incríveis, engraçadas até, um casal muito legal, e único livro que eu digo que o protagonista que não é um escroto... mas que tem um desenvolvimento meio corrido demais, até pra uma série que desenvolve seus relacionamentos em 2, 3 dias.
Eu até entendo os fãs não curtirem tanto esse livro, pois ele marca um divisor de águas que traz mais complexidade aos livros. As histórias paralelas começam a trazer muito mais carga para a Saga como um todo, e isso dificulta. A partir desse é quase impossível você entender a história e decisões dos personagens sem entender bem o que aconteceu antes.
Então paro por aqui, e volto lá pro começo pra fazer resenha dos quatro primeiros livros e depois retomo para Amante Renascido, que considero um dos mais controversos da Irmandade. Até lá;
Ela também aparece mais no livro do John e da Xhex [9º]. O último antes desse, em que ela tinha acabado de sofrer um acidente, causado indiretamente pelo Wrath, que começou uma amizade baseada em amor por lutas com ela, e eles treinavam juntos depois que o Rei perdeu completamente sua visão (livro do Rehv explica isso![8º]). Essa é mais um mapa para situar as resenhas/resumos da série, como dito antes, todos os livros até agora podem ser lidos separadamente; pode perder os detalhes, mas dá muita noção do que aconteceu antes.
Surprise mothef'cker by Drake |
Livro 10: Amante Libertada
Personagens principais: Payne e Manny (+Vishous +Butch)
Personagens secundários: Jane, Xcor e bando dos bastardos, Blay, Qhuinn e Saxton
Vamos recontar e aprofundar a história dessa família disfuncional.
Começamos muito tempo atrás, trezentos e três anos pra ser exata, no Antigo País. A Virgem Escriba e seu acordo com um dos machos mais violentos e fortes da Irmandade da Adaga Negra. Ele queria um filho macho, ela precisava de um reprodutor. Os dois chegam ao acordo de que ela entregaria o filho e por 300 anos, ele ficaria sob a supervisão dele, antes de ser dela; mas pra não ficar só, a mãe da raça deu a luz também a uma menina. Deu merda do pai com o menino. Ele não era a pessoa que o Bloodletter queria que ele fosse. O mesmo aconteceu com a mãe, que tinha uma filha que não correspondeu ao que ela queria.
O menino preferia ler ao invés de lutar, a filha preferia lutar ao invés de ser uma Escriba... aquele drama de pais.
Só que... estamos falando de vampiros e semideuses. Então quando o Vishous foi mandado embora do acampamento do pai e quase morto. Ele saiu sem uma bola, quase castrado, cheio de tatuagens dizendo que ele era uma maldição e um pouco antes da luz do sol. A irmã tinha passado toda a vida no Santuário, lugar de adoração à sua mãe, mas que podia ver tudo o que acontecia com irmão dela.
Daí a merda. Ela, louca de raiva, depois de um deslize da mãe, não se sabe quanto tempo depois do V ir embora, acaba encontrando um jeito de sair da prisão do Outro Lado e chega na terra pra matar o velho deles.
imagine a cena, assim como eu |
A Payne, ao terminar o serviço com o pai tenta ter uma vida terrena, procurar o gêmeo dela, mas não rola, a mãe manda ela de volta pro Santuário onde ela fica presa, congelada ao longo dos anos, até que num arroubo de consciência, depois de liberar o V de um acordo que ele nem tinha feito, ela solta as amarras da filha também. Mas tampouco deixa ela sair do lugar. Até ela quebrar a coluna numa luta, e ter que ser mandada para a terra pra tentar reparar o estrago.
Quando a Payne chega na terra, o Xcor parece sentir que ela voltou, a mulher que ele tinha procurado a vida toda para vingar a morte do líder dos Bastardos, grupo de guerreiros que meio que herdou. Eles viviam no Antigo País, lá pelo leste europeu (imagino eu), longe das vistas do reinado do rei, mas resolvem cruzar o oceano pra tentar a sorte do lado de cá.
Enquanto isso a Payne espera, ao lado do irmão chocado ao saber da existência dela, que a doutora Jane encontre o médico Mannuel Manello, especialista em traumas e ortopedia. O Manny tá lá, vivendo a vida dele, cuidando da égua dele que acabou se sofrer um acidente correndo, quando cai no colo dele a verdade de que a amiga, que ele acredita ter morrido num acidente de carro, uns meses antes, está viva e pedindo ajuda dele. Todos em choque.
No geral, tudo se torna sobre os irmãos, pra não dizer que esse é logo um segundo livro do V. Desde a maneira como é colocada a presença do Manny em relação ao ciúmes do Vishous com a Jane, e logo depois quando se torna óbvio o interesse na irmã dele, no maior estilo vampiro, à primeira vista e tudo, e logo o V tá possesso de ciúmes da irmã, que a pouco tempo nem sabia que existia.
Entre uma frustração e outra, ele foge, porque era isso que o Irmão faz quando tinha muita carga emocional envolvida, e se dá um pouco de dor, numa sessãozinha BDSM sem a Jane, e sem ninguém. Só ele (faltou coragem na Ward pra por ele traindo na tora, mas deixa quieto), velas e alguns redutores pra ajudar.
A cirurgia da Payne é realizada no mundo humano, no hospital, o Manny faz a operação e sai tudo como previsto, a menos que o estrago seja permanente. E dali, ele não poderia fazer mais nada. Eles nem guardam esperanças de se ver de novo, já que o V quer quebrar a cara do médico... porque sim.
Porém, contudo, todavia, Payne não volta a sentir as pernas. E ela tá pronta pra dar um fim na vida dela, com ou sem ajuda, pensando que depois de finalmente livre do cativeiro da mãe dela, ela ainda vai estar presa no próprio corpo, sem nunca poder viver a vida dela. E é tenso, porque ela pede ajuda a Jane, e isso fode ainda mais a não relação que ela está tendo com o gêmeo da paraplégica.
Quase temos uma desgraça, com direito a V machucando (?) a Jane. Não fica claro o que ela sentiu, mas sabemos que ele agarra o braço dela com certa força e mesmo ela sendo uma fantasma não fica claro o que aconteceu. Ponto a menos pra V; isso logo se torna uma situação insuportável, porque ela encontra indícios da saidinha dele e o confronta. E ele nem fala nada, não nega nem desconversa, nem nada. Diz pra ela ir embora. Nem falar, na verdade. Joga uma bolsa pra ela reunir as coisas dela e sai sem nenhum diálogo. Dois pontos a menos para o V. Mil pontos a menos pra relacionamentos desse tipo.
Mas ele vai procurar o Manny pra ver se ele dá um pouco de esperança a irmã dele. Nisso o cirurgião tá surtando por causa das memórias tiradas dele, e porque nos sonhos ele tem certeza de que a Payne existe, mas sem nenhuma evidência disso na vida real. Isso é resolvido, o V deixa ele "cuidar" da Pay até a vontade de viver dela apareça, e ele possa chutar o cara de volta pra vidinha dele, ou matá-lo. Sim, porque ninguém acreditava que ela poderia andar, filamentos rompidos, alguma coisa do tipo, não se colam por mágica. Mas é aí que o poder da Payne aparece. Aparentemente, quando tem sentimentos fortes, a vampira-semi-deusa é capaz de invocar um poder que tanto pode ser destrutivo ou positivo, assim como a mão constantemente brilhante do irmão dela ou quando ela matou o pai deles incendiado pela raiva dela. Caso é que quanto mais ela se excita (sim, sexualmente mesmo) pelo médico, mais ela vai voltando a mexer as pernas. Até estar completamente curada não demora muito, já que o Manny vai ajudando ela a se manter desse jeito até ela recomeçar a andar.
não, Felix, ela ainda continua virgem em sentidos práticos |
A melhor cena desse livro fininho começa a partir de: Manny e Payne no banheiro, ele com a boca ocupada, e Vishous abrindo a porta do banheiro e encontrando a cena e ficando apenas CHOCADA. Depois com muita raiva, jogando na cara que ele não poderia ficar com ela pra sempre, que era só um humano, que nunca seria admitido no mundo dela e que ela poderia parar de onda com ele porque esse relacionamento não ia a canto nenhum. Difícil dizer quem ficou mais indignado, ela ou o irmão, mas que um ficou bem fodido da cabeça ficou, porque o V ao ver a gêmea indo atrás dele nuinha no reflexo do espelho, tascou uma cabeçada no objeto. Não muito inteligente, mas sai soltando fogo pelas ventas. Pra cair no colo do Butch.
Negócio é que o relacionamento próximo-até-demais dos bests já tinha sido aceito por ambas as shellans. Quando a Jane conheceu o V o segundo pensamento sobre ele além dele ser um sequestrador é que ele e o Butch eram um casal; e a Marissa aprendeu a coexistir com Vishous porque a vida do marido dependia inteiramente dele. A relação entre eles era do tipo que a Jane depois que o V nem negou nem confirmou a traição, ela vai perguntar pro ex humano se foi com ele "porque se foi, ela podia perdoar"; e o Irmão tenta acalmar a Jane dizendo que mesmo o V precisando de dor às vezes ele nunca trairia. Ele chega a falar pro V que se precisasse disso, ele faria pra ele...
E pasmem, ele vai lá cobrar essa oferta, bem depois da saída dramática do centro médico cheio de vidro pregado na testa:
a cara dos gêmeos nas brigas |
por Anyae pintado por |
Butch enfrenta a ideia de ultrapassar o limite do sexo seguro, mas mais uma vez não vemos a coragem da Ward, e eles fazem apenas o suficiente pra o V perceber o quanto que ainda dói o lance todo com os pais dele. Depois de desacordar o V, o ex policial ainda dá um bainho nele, deixa o terreno livre pra o cara conversar com a companheira, a Jane chega e ele pode finalmente conseguir se abrir com ela.
Pausa pra eu analisar porque que eu tô com dor quando leio sobre esse casal.
A cena é bonita, mas nem de longe foi o máximo que poderiam ter explorado. E por essas e outras que ainda vamos ter outro livro do Vishous em alguma hora (dizendo isso, mas é porque já tenho spoiler de uns 6/8 livros à frente).
Há um alinhamento necessário com a Jane para eles continuarem juntos, mas o que vemos é que mesmo que o Vishous seja dela, o relacionamento deles não é uma coisa determinante. Como é para os outros machos, que tudo gira em torno das shellans. V não é alguém que pode ser preso nesse tipo de relacionamento, e por isso mesmo se "casou" (descobrimos nesse livro que eles nunca oficializaram nada) com alguém que assim como ele, preza o poder acima do amor (ela ama estar cuidando da divisão médica da Irmandade, e foi esse o maior presente que o V deu pra ela). Ele além de incrivelmente prepotente quanto aos seus poderes herdados, quanto à sua influência quando se diz respeito à Virgem Escriba e ao rei, ama o controle que ela exerce na vida e morte das outras pessoas. Eu acredito que a Jane seja realmente menos calorosa que as outras, mas ela não merecia um relacionamento nesse nível de frieza. V ama, sem amar. Ele terá sempre o trabalho dele, os Irmãos dele, o Butch dele (independente de Marissa estar com o cara ou não)... A balança pesa pra um dos lados. Ela morreu por conta dele e só tem as escolhas entre ficar com ele, ou o Fade. Não existe muita opção pra ela.
Mas enfim, águas ainda rolarão. Vamos esperar.
Questão é que, depois de se resolver com a Jane, Vishous resolve interceder quanto ao sofrimento da irmã em ter que se separar do humano dela. Ele conversa com o Wrath e eles recebem a permissão real, mas o Manny rejeita pois vê que o relacionamento não haverá futuro. A essa altura ele tinha descoberto que iria ser afastado do hospital por conta da confusão dele quando tiraram a memória de quando ele operou a Payne, e que ela ainda tinha rejuvenescido ele de alguma forma, com os poderes lá de cura.
Decepcionada, Payne vaga pela cidade, entra numa luta com redutores, e encontra o "irmão" bastardo.
Xcor, quando chegou na cidade já se espalhou pela cidade caçando os lesses, assim como o Bando dos Bastardos tinha feito por séculos no Antigo País. Eles já tinham trombado com a Irmandade em uma hora e já mostra que eles tem uma rivalidade a muito tempo, mas quando ele resolve sequestrar o que ele pensava ser a assassina do pai dele, paz não é mais opção. V sabe que a Payne despareceu, mas tem que contar com Manny e Jane pra descobrirem onde ela está depois que o sol aparece;
No esconderijo do Bastardos, Xcor está pronto pra deixar os soldados torturarem a Payne, mas eles tem uma discussão meio acalorada, com direito a tapas na cara e revelação bombástica: O Xcor nunca poderia ser filho do Bloodletter. Ele só teve um filho homem e é o Vishous.
tipo isso o tapão |
O negócio é que se imagina que o Xcor sofreu até mais na mão do pai, até porque o Xcor tem um defeito, chamado lábio leporino. Essa deformidade entre o nariz e a boca é evidente e bem no cartão de visitas dele, o que o torna, além de considerado uma maldição pelos vampiros, feio (assim como o defeito do Qhuinn, mesmo que o dele o torne até mais bonito). A única pessoa que o aceitou o suficiente pra chamar o cara de filho foi o homem mais malvado da Raça; ele é uma parte muito importante dos próximos livros, e eu acho a história dele comparável a de um outro personagem querido... quem é deformado, feio, rejeitado, mas tem poder por conta de uma família que ele não acredita fazer parte, mas se aproveita de todos os privilégios?! Não, o Quasímodo não; o Lannister mais amado <3
Tyreon, o melhor anti herói que você respeita |
A gente ainda vai falar muito do Xcor. Mas vamos voltar ao que ele faz neste livro aqui.
Depois de perceber que realmente não poderia ser filho do pai dos gêmeos, ele resolve deixar a Payne em paz. Ele não pretende mais matá-la pra vingar um cara que mentiu pra ele a vida inteira, que o treinou mas o torturou até que ele fosse a pessoa que ele é hoje, e também a protege dos outros Bastardos, dado o fato dela ser filha de uma divindande, uma Escolhida Sagrada para todos os efeitos, e ninguém ia tocar nela.
Ele a mantém pelas horas do dia em segurança e a deixa numa distancia segura do refúgio deles ao cair da noite. A rivalidade entre a Irmandade e os Bastardos não é bem explicada, mas ainda existe, independente se eles fazem as pazes ou não.
Quando ela volta pra casa pra encontrar todo mundo preocupado e o Manny encarando o fato de que conhece o Butch, pelo menos o rosto do cara, que é idêntico ao do pai dele; há a suspeita de que eles sejam irmãos, já que o tira foi transformado em vampiro por ter uma ascendência da Raça, dado a um deslize da mãe em algum ponto.
quase ninguém desenha Manny mas ele é um italiano sexy by Rofer |
A outra história que é contada nesse livro é de como o Qhuinn e Blay se afastam depois do Saxton ir morar com eles, e o relacionamento cada vez mais próximo do Qhuinn com a Layla, após essa ruptura com o melhor amigo. No livro do John, Sax e Blay começam a namorar, e vemos com muita dor o ashtrux nohtrum do JM não dar o braço a torcer e não ir atrás do amor dele porque não se vê namorando um outro macho. A Layla se aproxima dele nesse momento de confusão, e o Blay desiste dele pra que o cara encontre a família tradicional dele com a Escolhida. Porém temos o detalhe que o Qhuinn já tinha visto, numa visão quando ele quase morreu (livro do Phury), que ele ia ter uma filha. Num momento em que ele precisa alimentar a Layla ele se dá conta de que é com ela que ele teria essa criança, então decide nunca ficar com ela. Ele admite que ama Blay pra ela numa das cenas mais corta coração de todas.
Esperou (da Layla) algum tipo de nojo ou careta ou... mesmo um choque. Por vir de onde vinha, sabia muito bem o que era homofobia... e Layla era uma Escolhida (...)
Não te incomoda? Que seja outro macho?
Nem um pouco. Por que? (...)
- Obrigado
- Pelo que?
(...) Quem diria que a aceitação seria curiosamente tão dolorosa quanto toda a rejeição que sempre sofreu?
Enfim, esse é um livro cheio de cenas incríveis, engraçadas até, um casal muito legal, e único livro que eu digo que o protagonista que não é um escroto... mas que tem um desenvolvimento meio corrido demais, até pra uma série que desenvolve seus relacionamentos em 2, 3 dias.
Eu até entendo os fãs não curtirem tanto esse livro, pois ele marca um divisor de águas que traz mais complexidade aos livros. As histórias paralelas começam a trazer muito mais carga para a Saga como um todo, e isso dificulta. A partir desse é quase impossível você entender a história e decisões dos personagens sem entender bem o que aconteceu antes.
Então paro por aqui, e volto lá pro começo pra fazer resenha dos quatro primeiros livros e depois retomo para Amante Renascido, que considero um dos mais controversos da Irmandade. Até lá;
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