A importância dos avós nos meus processos

Esse é um ensaio do TCC

"Eu sou uma taurina nata.
Tenho ciumes, sou de terra, gosto de raízes bem fincadas no chão.
E eu tenho avós que são as raízes mais fortes da minha árvore.
Elas são imutáveis. Elas não mudam desde que eu as conheci. E elas me passam certeza.
Não é sobre uma certeza de que sempre estarão lá. É a certeza de que quando eu chegar ao encontro delas, em qualquer situação que eu chegar, serei bem recebida. Serei amada, serei abraçada.
Nada no mundo tira o conforto que avós podem dar em muitas das situações em que os pais faltam, por diversas razões. Eu como mãe, nunca poderia dar a segurança que a minha mãe dá pra minha filha. Existe uma divisão de tarefas básicas entre as mães, que coloca as avós num pedestal. Elas sempre são maiores e mais imponentes que os próprios pais. Eles são os que mandam nos chefões por assim dizer."

Minhas avós me dão colo, quando eu preciso,
garra quando eu peço e amor tanto que me afogo.

Elas são minhas guias, meus mais antigos amores, minha paixão eterna.
 Não sei o que faria sem elas. E me desespero só em pensar o que irei fazer quando inevitavelmente me verei sem elas.
Quem vão me apertar quando eu estiver gordinha, ou me dar comida de festa quando eu estiver magrela. Aquelas que podem esquecer tudo mas me ligam logo de manhã cedo no meu aniversário.
Alguém me disse que perdeu uma avó logo antes de pegar as malas e voar, e eu nunca voei porque morro de medo de vocês terem banzo na minha ida.
E é isso o que me segura aqui.
E espero que não me segure mais.
Estou cansada de dar trabalho a vocês, minhas avós. Me deixem ir.
Por favor, me deem certeza de que eu sempre poderei voltar pra vocês quando eu quiser.
Quando eu puder.


É simplesmente imprescindível pra mim relembrar as antigas histórias, de quando eu esperava poder crescer grande e forte, sobre as lagartixas que já alimentei, sobre as viagens que fiz com eles, no quanto eu passei meu tempo escutando de como cuidar de plantas e gansos, e como elas priorizavam escutar sobre os meus desenhos animados, mesmo não tendo ideia do que se tratava. Ou dos bolinhos de carne, e "capitões" que elas me faziam comer tudinho do prato. Pra não deixar pras "tixas-tixas".

Eu quis muito por todas as minhas experiencias em imagens. Mas não consigo. As memórias são como diamantes brutos e eu não sei lapidá-los.
Viverei uma eterna tentativa de copiar as fotos de um momento vivido?!.

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