Fazem cinco anos...

....do fatídico sete de setembro. Lembro como se fosse hoje, a raiva, a indignação.

Eu não sei dizer se hoje, estou melhor do que era antes. Ainda me vem muita coisa sobre lembrar daquele dia. As dores, o choque, a batida, o coração acelerado. O estar cega, com pessoas desconhecidas me ajudando a me localizar...

Foi um evento deveras traumático sim. E eu preciso me colocar como vítima novamente porque é obvio que isso não é uma questão simples e esquecível pra mim.

Eu sou de uma família militar. Meu avô queria ter ficado no exército mas acabou na polícia militar. Major ou sei lá o que, uma patente alta aí.
Tem espada e tudo em casa pra mostrar e exibir.
Meus tios são militares. Cada um com sua vertente.
Só a minha mãe que foi "a diferente". Estudou psicologia mas acabou indo pra polícia civil.
E eu sou... bem, sou eu.
Eu que preferi nem crescer muito pra não ter que dizer um simples "não quero isso pra minha vida!".

No fim das contas, tudo o que você quer é não ser tão infeliz quanto pensa que seus pais são.
Hoje ainda penso da mesma forma. Porque sou A TEIMOSA, A EGOÍSTA, A FILHA ÚNICA MIMADA, A LOUCA, A PUTA, A ARTISTA.

mas sou. de uma forma só minha, eu.