Quem foi Alfredo Volpi? | Seja: Artista
Alfredo Volpi (1896-1988) foi um pintor ítalo-brasileiro.
Foi considerado um dos mais destacados pintores da Segunda Geração da Arte
Moderna Brasileira. Suas pinturas são caracterizadas por casarios e
bandeirinhas coloridas.
Trabalhou como pintor de frisos, painéis e murais nas paredes das mansões das famílias da alta sociedade paulistana. Em 1914, pintou sua primeira paisagem.
Sucesso na UE, revista Tempo |
Exposição em Mônaco |
Trabalhou como pintor de frisos, painéis e murais nas paredes das mansões das famílias da alta sociedade paulistana. Em 1914, pintou sua primeira paisagem.
Em 1925, participou pela primeira vez de uma mostra
coletiva. Em 1934, participou de sessões conjuntas de desenho de modelo vivo no
Grupo Santa Helena. Em 1937, expõe com a Família Artística Paulista e em 1938,
expõe no Salão de Maio. Em 1944, realiza sua primeira exposição individual. Em
1950, viajou pela primeira vez à Europa, onde passou quase seis meses. Nos anos
seguintes sua pintura entrou na fase do abstracionismo geométrico, nesse
período passa a pintar as bandeirinhas em suas telas.
Alfredo Volpi recebeu o Prêmio de Melhor Pintor Nacional, em
1953, na Bienal de São Paulo. Depois de várias exposições, em 1958, recebeu o
Prêmio Guggenheim. Nesse mesmo ano, pintou afrescos na Capela de Nossa Senhora
de Fátima, em Brasília. No ano seguinte participou de exposição em Nova Iorque
e da V Mostra Internacional em Tóquio.
Em 1962, Alfredo Volpi recebe o prêmio da crítica carioca,
como o Melhor Pintor do Ano. Em 1964, participa da Bienal de Veneza. Em 1966,
pinta o afresco Dom Bosco do Itamarati. Em 1973, recebe a Medalha Anchieta da
Câmara Municipal de São Paulo, a Ordem do Rio Branco no Grau de Grão Mestre. Em
1986, em comemoração aos 80 anos de Volpi, o MAM – SP organizou uma
retrospectiva, com a apresentação de 193 obras do pintor.
Pintor autodidata, não foi mestre nem discípulo de ninguém. Ele foi Volpi. Seu trabalho singular incluía a produção de seu próprio material de trabalho, como mostrou reportagem do GLOBO em 21 de março de 1975:
— Passo o dia inteiro pintando, até acabar a luz natural. Quando me sinto cansado — e pintar cansa — , faço telas de entretela de linho cru ou puro, com gelatina de porco e gesso. E chassis, que merecem cuidados especiais, para não entortar. O trabalho manual sempre descansa e o preparo da tela é essencial, porque essas coisas comerciais que vendem por aí não me interessam.
Ao longo de sua carreira, Alfredo Volpi passou por várias
fases, recebeu influência de pintores clássicos e impressionistas, criou sua
própria linguagem, evoluindo das representações de cenas da natureza para
representações dominadas pelas cores e pelo seu estilo próprio representando o
abstrato e geométrico. Os seus mais importantes registros desse estilo são seus
casarios e bandeirinhas coloridas, sua marca registrada. O pintor não fazia uso
de tintas industriais, produzia suas próprias tintas, onde diluía verniz, clara
de ovo e pigmentos naturais, como terra, ferro, óxidos etc.
Alfredo Volpi faleceu em São Paulo, São Paulo, no dia 28 de
maio de 1988.
Biografia
Era o próprio Volpi quem preparava os solventes e as tintas fazendo experimentações. Moía terras coloridas para fazer os pigmentos que misturava com um preparado de verniz e ovo. Tinha uma forma muito artesanal de trabalhar, coisa que o tornava diferente dos outros. Sua primeira exposição foi tardia, em 1944, aos 48 anos. O sucesso da mostra possibilitou que Alfredo Volpi vendesse quadros antecipadamente a colecionadores. Mas a fama só aconteceu após conquistar um prêmio na Bienal de São Paulo, em 1953. Mais tarde iria representar o Brasil na Bienal de Veneza por duas vezes.
Biografia
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