O que eu devo fazer esse ano?

Ok, último post eu estava (e estou) decidida a mudar de direcionamento, e depois de muito questionamento, muitas conversas internas eu finalmente escolhi escolher. Se é que isso faz sentido pra você.
Falando nisso, mudando o foco um pouco do motivo do post, eu sou a única blogger que não faz as coisas para conseguir followers? Queria conhecer alguém que também tem essa necessidade de postar para um público que não existe, porque é exatamente por isso que eu consigo escrever tão facilmente. As postagens são como conversas vomitadas... saem de uma vez, ou não saem mais e ficam fazendo mal.
Btw, voltando:
Tá, eu escolhi, como algumas pessoas das quais eu pedi aconselhamento me direcionaram a fazer. Embora o que realmente me fez centralizar o foco foi essa postagem aqui no tumblr:
É engraçado como nossa capacidade de assimilar palavras está muito ligada à sua sensibilidade no momento. Eu poderia ter lido isso em qualquer outro momento, e não daria no mesmo resultado que deu, eu não teria assumido minha decisão como eu fiz. Principalmente porque eu adiei isso mais do que tudo. Não, eu sempre adio as coisas, sou uma procrastinadora por opção. Sempre acho que as coisas que eu faço tem que ser de primeira, ou manifestadas por um sentimento explosivo. Acho que meu cérebro trabalha melhor desse jeito, ou é só a pressão que faz com que eu ache que o resultado fique melhor quando nada é planejado. Parece mais como se o universo estivesse conspirando para que aquilo acontecesse.Mas enfim. Sigo minha vida, tentando fazer planejamentos. Queria muito ter certeza de que as coisas que eu irei fazer nesse ano. Eu tenho sonhos, que eu espero que se realizem, mas o futuro realmente a Deus dirá. Eu só posso ter uma parte de poder na direção dos quais as coisas irão me levar; é como tentar confiar no GPS numa estrada brasileira, você nunca tem realmente certeza. Às vezes é melhor parar e perguntar por informações mesmo.
  Eu devo agradecer especialmente a três pessoas que me deram ótimos conselhos esse ano. Nem sempre foram como eu gostaria de que me falassem, mas elas tentaram, e isso já é um bom motivo para me sentir grata. Não vou mais falar sinto muito pelas coisas que eu fiz e me arrependo. Elas sabem disso, e eu sei agora que pedir constantemente por desculpas não alivia a minha culpa e só faz com o que o pedido soe sem significancia, já que é repetido tantas vezes.
Eu gostaria que todas as pessoas a quem eu pedi desculpas soubessem que cada um foi sinsero.
Gostaria de que soubessem que às vezes eu espero que eles sintam o mesmo que eu quando eu peço desculpas, embora isso não seja justo. Eu sinto de uma forma, e tenho que aceitar que nem sempre os outros sentem o mesmo. Mas gostaria de escutar mais pedidos de desculpas sinseros.
Sendo muito sinsera comigo mesma, sinto falta de um "eu sinto muito pelo que eu disse". Nem todo mundo tem consciência do quanto conseguem machucar apenas "falando a verdade". Você nunca está só desabafando, ou falando o que você acha. Você está esfregando a sua verdade na cara de outra pessoa. Essa pessoa nem sempre está pronta pra escutar.
 
Me irritei já nas primeiras horas de 2016 por esse tipo de comportamento. Um não me deixou irritada num sentido literal, talvez chateada. Não estou pronta agora para escutar, na minha cabeça eu já tenho muitas vozes pra me questionar o que eu deveria ter feito ou dito, e em situações passadas, que eu nem posso modificar mais.
O segundo eu realmente me irritei, e  retifiquei na hora. Eu sei também que eu disse algo rude com uma pessoa que talvez merecesse que fosse "posto em seu lugar". Mas que eu sei que é sensível, e vai sentir cada palavra que eu disse mais tarde. Eu não diria que sinto muito por essa pessoa, embora eu sinta. Por mais que eu queira ser uma pessoa boa, nem sempre consigo ser pacífica todo o tempo. E isso é um problema que eu tenho que corrigir. Eu estouro; com motivo, mas as pessoas não entendem quando são expostas a um tipo de reação que foi crescendo gradativamente até eu não suportar mais ficar calada.
Eu deveria aprender esse ano a me expressar melhor, e na hora que o problema é aberto à discussão. Eu espero tanto pra ter certeza do que eu estou dizendo que passa do tempo; Eu fico remoendo a situação até ficar insuportável. Quando o desabafo vem, quase nunca é num momento propício. Essa falta de timing me afeta desde relacionamentos, até falta de organização temporal no sentido literal. Estou sempre atrasada para tudo. Nunca estou de bem com o relógio cronológico, sempre tem algo a me atrasar. E normalmente é minha falta de noção com números que eu culpo quando estou irritada por estar atrasada de novo!
Mas não, provavelmente seja porque eu fico pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Mas o tempo é algo tão relativo, assim como a moralidade, assim como a beleza, assim como quase tudo na vida.
A única coisa que eu não penso como algo relativo são os sentimentos. Eles podem estar em dupla, misturados, às vezes você não consegue identificá-los, mas são sempre reais. Estão lá. São você. Personalidade pode ser modificada, o tempo e as memórias podem ser completamente relativos e enganadores, mas o que você sente com relação a você e aos outros está lá para que você os identifique. Até que você saiba qual é qual e consiga conviver bem com eles, nada vai mudar.
Eu adoro a idéia de não mudar nada. Simplesmente é um traço meu. Eu gosto de estabilidade, de estar dentro de uma bolha confortável. Quando algo muda eu me sinto insegura, indefesa, e sozinha.
Por isso eu às vezes tenho pesadelos com ondas gigantes, me levando pra longe.
Definitivamente, esse ano, eu preciso muito mais sair da zona de conforto.

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Bem. Esse ano eu gostaria de dizer algumas coisas à pessoas especiais.

Às pessoas que eu conheci(mesmo) em 2015:
Marison, tô contigo. Não importa o motivo, pra que, quando.
Paula, uma pessoa de exatas legal, nem acredito que conheço alguém assim! Espero sair e te conhecer melhor.
Yumi, tu é uma inspiração. Mesmo eu me identificando com você com coisas que eu já passei, ainda assim quem está me inspirando é você. Tu tem uma filha linda, me faz sentir saudade de Anne menorzinha.
Vivi, outra inspiração. Porque eu passei a acreditar mais em construir uma carreira por amor graças a você.


Aos que me aguentam a tempos:
À Thaís e Tamiris: que eu as adoro. Por me aceitarem do jeito que eu sou, por escutarem minhas lamentações e choros, por estarem comigo na época mais complicada, e por continuarem comigo mesmo eu estando insuportável. Pra Thaís são quase 5 anos de discussões intermináveis.
À Marryeth, que eu sinto falta das tuas farras, tua cama e da comida depois da bebedeira. Nem parece que a gente só se conhece pessoalmente desde o ano passado, e que ela me encontrou a mais de 7 anos na internet.
À Marina, que não importa mesmo que a gente seja diferente, o amor que eu sentia por ela aos 11 anos é o mesmo que eu sinto agora. E que se essa amizade resiste a tanto tempo, é definitivamente o relacionamento mais hamonioso e longo da minha vida. Esse ano completaremos 12 anos de amizade.
À Lucas, que sempre vai ser meu viado, mesmo eu sabendo que isso é uma coisa ofensiva pra se dizer, não sai da minha cabeça. Que você é a pessoa que eu queria pra casar. Vida, se eu fosse homem, tu era meu e de mais ninguém. Queria dizer obrigada. Você é quem está sempre disposto a me animar, até quando eu nem quero estar. A gente já completou 7 anos desde aquela primeira conversa no msn.


Às pessoas que já foram importantes, e de certa forma continuam sendo:
Alex, obrigada. Eu sei que a gente não terminou no meu melhor momento, e que tudo depois vicou uma bagunça. Mas eu lembrei recentemente de que apesar de tudo, você foi bastante presente quando eu estava bem ruim. E era óbvio que não iria ser para sempre. Mas a 8 anos atrás eu não via assim.
E queria dizer a mim mesma pra se perdoar por não ter sido madura para aceitar o término do namoro. Cara, 'cê só tinha 14 anos, relaxa.

À Rafa: desculpe não poder ajudar você. Eu nunca deveria ter namorado com alguém só porque eu queria o melhor pra ela. Foi estúpido. Mas sinto muito por você, eu queria ter te dado conselhos melhores. Eu tinha 16 anos e queria provar pra mim mesma que eu poderia mudar a vida de alguém. Mas obrigada por ter sido a minha maior provação, e me fazer ver que não dá pra mudar ninguém, a mudança nunca pode ser externa.

À Lucas, obrigada pelo maior presente que alguém poderia ter me dado. E é só.

À Guilherme, eu já disse tudo o que eu gostaria de ter dito. E foi ruim, mas não vou me desculpar por isso. Você mereceu tudo o que disse. E gostaria ainda de poder te perdoar sem você pedir por isso. Mas eu não consigo ainda. Eu ainda preciso que você reconheça que deveria ter pedido desculpas.



Aos meus pais:
Bem... eu passaria horas falando de cada erro e cada acerto da minha parte e da de vocês, mas isso não importa agora. Eu só queria que soubessem que eu os quero felizes, mais do que qualquer coisa na minha vida. E isso é porque eu sou egoísta mesmo, e não quero carregar mais culpa pelo o que acontece ou o que deixa de acontecer na vida de vocês. Espero que vocês me aceitem como eu sou, algum dia.

À uma pessoa especial que eu conheci por algumas semanas: Eu vou falar pessoalmente. Algum hora.
 

Comentários

Gisa Santanna disse…
Você não é a única neste mundo blogueiro a simplesmente não se importar se o seu texto vai ser ou não lido. Eu me sinto melhor assim, sabe? Como uma pseudo-anônima. Apesar de saber que ele pode ser acessado por todos, quem vai ler? Se ler, bem, se não, amem. hahaha

das poucas vezes que tentei ser mais cool e tratar de outros assuntos, perdi a identidade...
Nanda disse…
Regina, já viu aquela frase que circula pelo Facebook, com uma legenda mais ou menos assim "vamo voltar a discussão da semana passada pq agora eu lembrei de um argumento pra te falar que vai te deixar no chão"? Acho que é bem isso XD Também não sou boa em me expressar na hora da discussão. É foda! As pessoas que manjam disso são verdadeiras filhas da puta haha As vezes é impossível, mas será que não é melhor deixar para discutir pela internet? Dá tempo de pensar melhor.
Espero que consiga sair da "zona de conforto" =) embora lá seja um lugar bom, as vezes.
É gostoso escrever para si mesmo né ^ ^ nao entendo muito bem também esses posts voltados, totalmente, ao publico. Parece algo mais profissional do que pessoal.
Beijos!
Marina Menezes disse…
Ah, eu gosto de ter leitores, mas sempre que penso que eu poderia ter muitos, me sinto com um certo medo. Fico com receio de falar algumas coisas pensando em quem poderia ler aquilo. Seria muito mais fácil blogar se ninguém lesse, mas aí não teria tanta graça, não é verdade?

"Eu espero tanto pra ter certeza do que eu estou dizendo que passa do tempo; Eu fico remoendo a situação até ficar insuportável. Quando o desabafo vem, quase nunca é num momento propício. Essa falta de timing me afeta desde relacionamentos, até falta de organização temporal no sentido literal" me identifiquei tanto! Acho que nada que eu fale aqui vai acrescentar ao que você disse, você falou tudo e só posso dizer que concordo e que me identifico.

"Mas não, provavelmente seja porque eu fico pensando em mil coisas ao mesmo tempo. Mas o tempo é algo tão relativo, assim como a moralidade, assim como a beleza, assim como quase tudo na vida." de novo!

Descreveu tudo que eu penso, como me sinto, essa necessidade de estabilidade. Adorei o post, costumo vomitar palavras no meu blog também, e sei como isso é bom. Gostei de saber que não sou a única que ainda faz isso no próprio blog. Vou voltar mais vezes aqui

Abraços!

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